De “Cinturão de Papel” para três títulos reais: Conheça o atleta Leandro Light

Ex-garoto-problema da periferia já sonha em estar no UFC
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Jovens com problemas com drogas e violência é uma realidade frequente na periferia das grandes cidades. Para Leandro Fernando Brito não foi diferente. O atleta que hoje está prestes a ingressar no MMA profissional, soma sete vitórias amadoras e três cinturões em apenas 10 meses. Mas foi em 2012, que o até então adolescente problemático foi apresentado as artes marciais:
“Estive na primeira edição do Nocaute ao Crack, evento que é organizado pela FJU (Força Jovem Universal), e me apaixonei pelo Jiu Jitsu. No evento estava lutando o Rafael Carvalho, que hoje é campeão do Bellator. Aquilo me interessou e passei a frequentar as aulas do projeto social aos domingos”.
As aulas dominicais não estavam sendo suficientes para Leandro, que era conhecido como “Sossego” no projeto social da FJU. Foi aí que ele conheceu Alexandro Ferreira, o “Mangueboy”, que adotou o atleta no Instituto “Bom Combate” em Colombo, região metropolitana de Curitiba. O primeiro passo foi trocar o apelido do jovem, que foi o seu primeiro atleta da ONG: “Eu gosto muito de colocar nome nos meus atletas. E vi que “Sossego” não era comercial. Falei pra ele, de agora em diante você é Leandro Light”.
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Representante da equipe MangueBoy, em seis anos mudou completamente de vida e hoje, com 20, se sente transformado:
“A galera me chama hoje de Leandro Light, mas não conhecia como eu era. Eu era muito nervoso, problemático, estourava por qualquer coisa, já cheguei até a bater na minha mãe, e através das artes marciais eu consegui me encontrar e me acalmar. Até pra lutar sou bem tranquilo. Antes eu não ouvia o lado das pessoas, dos meus familiares, hoje eu consigo ouvir eles. Isso me mudou como pessoa”.
Cinturão de papel:
O primeiro cinturão do pupilo de Alex MangueBoy foi um cinturão de papel, confeccionado por ele mesmo. Segundo o head-coach, Leandro Light tem um sonho desde cedo: O de conquistar o cinturão do UFC:
“O Leandro chegou a fazer um cinturão de papel e postou nas redes sociais. A galera tirou sarro, achou que ele era maluco. Mas eu o incentivei a não desistir dos seus sonhos. Ele chegou a desistir da luta em 2016 por problemas pessoais. Além de estudar e trabalhar com seu pai, é Leandro que cuida de sua mãe. Retornou em janeiro de 2017 para conquistar três cinturões esse ano”. Estes três, cinturões de verdade, dos eventos estaduais Confronto Final da Luta, Tatuquara Fight Combat e Maringa Fight Combat.
Leandro Light deve estrear ainda em 2017 ou no início de 2018 como atleta profissional de MMA.
Além de Alex MangueBoy, Leandro Light treina com o Campeão Mundial de Muay Thai, Emerson “Bruce Lee” Olímpio, Edmundo Coleto e com os companheiros de treino Rodrigo “Caiçara”, Valker Souza e Felipe Orfeu.


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