ESPECIAL PRIDE FC FINALE: COMPRA PELA ZUFFA, PRIDE WORLDWIDE, ENCERRAMENTO DAS ATIVIDADES E FUTURO #DEZANOSSEMPRIDE #PRASEMPREPRIDE

2007 teria tudo para ser um ano de expansão para o PRIDE. Infelizmente, foi exatamente o contrário...
(Foto: Venum)

O ano de 2006 teve um sabor agridoce para o PRIDE. Apesar dos grandes eventos, continuidade dos torneio e dos primeiros eventos fora do Japão, a perda do contrato com a FUJI TV diminuiu e MUITO a receita da organização. Nobuyuki Sakakibara viu-se pressionado a agir e rápido. Logo no início do ano de 2007, Sakakibara disse à mídia japonesa que o executivo da Zuffa LLC, na época proprietária do UFC, Lorenzo Fertitta ofereceu adquirir as ações do PRIDE FC da DSE por um valor especulado em 65 milhões de dólares americanos.

Isto significaria que todo o arquivo de lutas, contrato dos lutadores, contratos publicitários e gestão da marca ficaria a cargo da Zuffa. A PRIDE Worldwide Holdings LLC foi criada e a intenção da Zuffa era manter a agenda da organização e realizar eventos no Japão, administrando o PRIDE sem relação nenhuma com as outras organizações sob custódia da Zuffa: o UFC e o WEC. Fertitta mostrava-se favorável a realizar eventos crossover (UFC/WEC vs. PRIDE) mas isto ficou apenas nos planos.



Nova parceria no mundo do MMA: a Zuffa adquiriu as ações do PRIDE da DSE e passou a cuidar dos eventos da organização (Foto: Montagem)

Entretanto, o que aconteceu foi exatamente o contrário. A venda do PRIDE para a Zuffa foi concretizada em Maio e tal manobra não agradou o público japonês de jeito nenhum. O porta-voz da Zuffa na época, o hoje presidente do UFC Dana White, comentou que quaisquer planos de ressuscitar o PRIDE no Japão caíram por água abaixo. A organização viu-se mais favorável a agregar os atletas do roster do PRIDE ao UFC do que realizar qualquer evento do PRIDE com eles.

“Nós [da Zuffa] tentamos tudo o que tínhamos na manga para ressuscitar o PRIDE no Japão. Fizemos tudo o que pudemos… Eu simplesmente NÃO CONSIGO nenhum acordo de TV ou patrocínio para o PRIDE nesse lugar… Eu tenho a impressão de que eles não querem a gente lá. Melhor, eles não querem A MIM lá…”

(Dana White)

Dana White, hoje presidente do UFC (Foto: MMA Weekly)

E infelizmente, o que aconteceu foi o FINAL do PRIDE. Em Outubro de 2007, a PRIDE Worldwide Holdings LLC encerrou suas atividades no Japão e fechou seu escritório, demitindo 20 colaboradores. Só foram realizados DOIS eventos, o PRIDE 33 e o PRIDE 34, o primeiro em Las Vegas e o segundo em Saitama, no Japão, porque já estavam previamente agendados. O que foi feito diferente é que os dois últimos eventos foram lançados em DVD sob produção da Pride Worldwide.

Não houve torneio, tivemos apenas uma luta de título e toda a excitação causada pelos eventos chegava ao fim. O rei dos pesos médios Wanderlei Silva acabou perdendo seu cinturão, que deteve por seis anos, sendo nocauteado por Dan Henderson pelo PRIDE 33. A derrota de Wanderlei parecia ser algo emblemático, já que era chamado de Mr. PRIDE e perdeu seu reinado no momento que a organização enfrentava seu fim… O último evento do PRIDE, PRIDE 34, teve seu próprio especial no Na Rede Da Nostalgia daqui do Nocaute Na Rede – Confira AQUI.

Dan Henderson acaba com o reinado de Wanderlei Silva e o nocauteia pelo PRIDE 33, tomando seu cinturão dos pesos-médios (Foto: MMA Weekly)

Após encerramento das atividades do PRIDE, os atletas de seu roster migravam para o UFC ou para outras organizações asiáticas como o DREAM e o DEEP, muitos voltaram a lutar em seus países de origem e as equipes de transmissão foram para outras organizações também. Para cumprir obrigações de broadcast, muitas reprises foram exibidas pela SKY Perfect no Japão e a Spike TV exibia os melhores combates do PRIDE no programa “Best Of PRIDE Fighting Championships”, apresentado pela ex-octagon girl do UFC Kenda Perez.

Nobuyuki Sakakibara pensou em abandonar o MMA em definitivo e esteve longe dos holofotes até 2015, quando retomou a parceria com Nobuhiko Takada e fundou o RIZIN Fighting Federation. Visando reviver as emoções do antigo PRIDE, o RIZIN tinha o mesmo set de regras da extinta organização e retomou até os torneios, tão célebres no antigo PRIDE. Tal organização é chamada inclusive de “Novo PRIDE” mas ainda está em fase embrionária e está bem longe do que a organização do passado foi.

RIZIN Fighting Federation, nova empreitada de Nobuyuki Sakakibara e Nobuhiko Takada em uma tentativa de reviver as emoções do extinto PRIDE (Foto: LiverKick.COM)

Atletas do extinto PRIDE como Mirko “Cro Cop” Filipovic, Fedor Emelianenko e Tsuyoshi Kohsaka retornavam ao Japão para lutar pelo RIZIN e até atletas aposentados como Heath Herring (que já atuou pelo PRIDE) e o ex-UFC Shane Carwin quiseram fazer parte disto e abandonavam a aposentadoria. Para os fãs, fica a nostalgia, a saudade e as emoções que cada card os proporcionou além de reviver algumas lendas do esporte e torcer para que esta nova geração de atletas saiba o quão lendário o PRIDE foi e que façam o RIZIN chegar o mais perto possível disto.

ARIGATOU GOZAIMASU, PRIDE! ASSISTA ABAIXO WANDERLEI SILVA vs. DAN HENDERSON PELO PRIDE 33 em 2007!



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Paulistano, São Paulino, baterista, perito em TI, fanático por lutas e viciado em games. Colunista e redator Nocaute Na Rede.
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