ESPECIAL PRIDE FC Nº 2: SUCESSO EXTENDIDO E SURGIMENTO DE SUAS LENDAS #DEZANOSSEMPRIDE #PRASEMPREPRIDE

Na segunda parte do Especial PRIDE FC do Nocaute Na Rede, relembraremos a ascenção da organização japonesa e as lendas reveladas por seus eventos
(Foto: Venum)

Estamos de volta com a segunda parte do Especial PRIDE FC aqui no Nocaute Na Rede! Na parte 1, você ficou sabendo de como tudo começou, do sucesso inicial estrondoso da organização presidida por Nobuyuki Sakakibara e grandes combates que figuraram os primeiros cards do evento… E engana-se quem achou que este frenesi duraria pouco. 1999 foi um ano muito importante para o PRIDE e muitos atletas lendários tiveram a tão sonhada chance de lutar pelo banner da organização japonesa.

Em 1999, quatro eventos foram realizados no total: um em Tóquio, dois em Yokohama e um em Nagoya. Aquele ano para o PRIDE rendeu cada vez mais sucesso e ajudou a organização a ter seus eventos disputados por redes de TV aberta e por assinatura, tendo a Fuji Television e a SKY PerfecTV disputando eventos do PRIDE em suas grades mensais. Aquele ano também fez com que DSE (Dream Stage Entertainment) adquirisse os direitos do PRIDE da KRS e finalmente a organização realizara seus eventos como PRIDE FIGHTING CHAMPIONSHIPS.



Novo logotipo do PRIDE, já sob comando da DSE e já chamado PRIDE Fighting Championship (Foto: Tapology)

Os eventos realizados em 1999 trouxeram aos holofotes lutadores de todo o mundo, que gradativamente iam tornando-se lendas do esporte. As categorias de peso ainda não estavam bem organizadas e cada luta parecia um duelo em peso-absoluto. Atletas como Mark Kerr, Kazushi Sakuraba, Guy Mezger, Igor Vovchanchyn, Enson e Egan Inoue, Mark Coleman, Vítor Belfort, Carlos “Carlão” Barreto, Alexander Otsuka, Daijiro Matsui, Ebenezer Fontes Braga, Gary Goodridge e muitos outros vinham tornando-se favoritos dos fãs, mas um atleta em específico conseguiu muito além disso.

No PRIDE 07, realizado em Yokohama no mês de Setembro, um brasileiro estreava enfrentando Carl Ognibene (ou Carl Malenko), vencia por decisão unânime e levava os espectadores ao delírio com seu estilo agressivo, seu “sangue no olho”, seu poder de nocaute e sua entrega dentro do ringue. Tal atleta conseguiu ser elevado a status de lenda do PRIDE e não demorou muito para enfrentar os melhores e tornar-se campeão. Trata-se do “Cachorro Louco” ou “Assassino do Machado” Wanderlei Silva (assista a estreia do Cachorro Louco pelo PRIDE abaixo).

Outro acontecimento memorável de 1999 foi a PRIMEIRA derrota de um Gracie em uma luta de MMA e o nascimento de uma lenda do esporte. Royler Gracie enfrentou um renomado wrestler japonês pelo PRIDE 08, em Novembro, e pela primeira vez não foi um Gracie que teve sua mão erguida ao fim do combate. Em um combate disputado inteiramente no chão, à marca de 03m16s do segundo round, Gracie tinha seu braço quebrado em uma Kimura… Seu adversário? Um tal de Kazushi Sakuraba… Logo, ele viria a ser reconhecido com um apelido o qual é associado até hoje

O ano de 2000 foi ainda maior para o PRIDE. Naquele ano, o PRIDE realizou seu primeiro Grand-Prix de Peso Absoluto de sua história, evento que viria a ser realizado mais vezes. Atletas como Mark Kerr, Kazushi Sakuraba, Igor Vovchanchyn e Gary Goodridge fizeram parte do torneio e outro Gracie dava o ar da graça sob o banner do PRIDE. Royce Gracie finalmente realiza um combate contra Nobuhiko Takada, válido para o torneio. O Grand-Prix foi realizado em duas etapas: as qualificações em Janeiro e as finais em Maio. Além disso, o ano foi o ano de estreia de grandes nomes na organização como Dan Henderson, Gilbert Yvel e Heath Herring.

Pôster do primeiro Grand Prix Peso Absoluto do PRIDE, realizado em Janeiro e Maio de 2000 (Foto: EDGE MMA)

O vencedor do torneio foi o americano Mark “The Hammer” Coleman, que venceu o ucraniano Igor “Ice Cold” Vovchanchyn nas finais mas um dos combates do torneio chamou mais atenção do que os outros. A luta entre Royce Gracie e Kazushi Sakuraba teve suas regras modificadas e não possuiu limite de tempo, tendo durado noventa minutos e terminado com desistência de Gracie devido a danos em suas pernas e dificuldades para se locomover. Seria o segundo Gracie a ser derrotado por Sakuraba, mas não seria o último…

Mark Coleman posa com seu prêmio por vencer o primeiro PRIDE Openweight Grand Prix, no ano 2000 (Foto: Bloody Elbow)

Sakuraba competiu mais duas vezes contra Gracies e venceu as duas batalhas: contra Renzo em Agosto de 2000 (em uma Kimura considerada uma das finalizações mais memoráveis do MMA, a qual quebrou o braço de Gracie de maneira espetacular) e contra o finado Ryan, por decisão unânime dos juízes, na primeira derrota da carreira de Ryan. Seus resultados positivos contra o clã mais respeitado do mundo das lutas renderam-lhe o apelido de “The Gracie Hunter“, ou “Caçador De Gracies” e seu status de superstar do PRIDE foi elevado à estratosfera.

O PRIDE fecha o ano 2000 com seis eventos e projeções ainda maiores para os anos seguintes. Nomes como Wanderlei Silva, Kazushi Sakuraba, Igor Vovchanchyn, Vítor Belfort e outros começam a aparecer mais frequentemente nos ringues do PRIDE e protagonizam momentos inesquecíveis da história da organização. Os planos para 2001 eram gigantescos e Sakakibara tinha tudo que precisava para continuar com o sucesso absoluto do PRIDE e os lutadores estavam mais do que preparados para atingir tal objetivo… 2000 se encerra com o PRIDE 12 em Saitama para uma arena com quase 28 mil pessoas. O que viria pela frente? Saiba na parte 3 do Especial!

A lendária Kimura que Kazushi Sakuraba aplicou em Renzo Gracie pelo PRIDE 10 em Agosto de 2000. Kazushi ficou conhecido como o “Caçador De Gracies” pelos bons resultados contra atletas da família mais respeitada do mundo das lutas (Foto: Arquivo GracieMag)



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Paulistano, São Paulino, baterista, perito em TI, fanático por lutas e viciado em games. Colunista e redator Nocaute Na Rede.
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