ESPECIAL PRIDE FC Nº 4: REVIRAVOLTAS, PRIDE BUSHIDO E MUITO MAIS TORNEIOS #DEZANOSSEMPRIDE #PRASEMPREPRIDE

Na quarta parte do Especial PRIDE FC do Nocaute Na Rede, veja momentos tensos na gestão do PRIDE, criação da nova série de eventos e torneios cada vez mais frequentes
(Foto: Venum)

Parte 4 do Especial PRIDE FC daqui do Nocaute Na Rede! Saímos do ano de 2002 completamente extasiados pelo sucesso que a organização vinha tendo, mas logo no começo do ano de 2003, um susto pegou a cúpula administrativa do PRIDE de surpresa: o presidente da DSE Naoto Morishita foi encontrado morto, enforcado, em um quarto de hotel. Os motivos para seu suicídio nunca foram devidamente explicados mas especula-se que sua amante teria forçado romper o caso e contar a verdade à sua esposa ou que impostos e pressão da Yakuza (máfia japonesa) fizeram-o perder o controle sobre si mesmo… Nobuyuki Sakakibara retomou a presidência da organização.

Falando de lutas, o PRIDE realizou apenas seis eventos naquele ano mas trouxe uma nova série de eventos para si: o PRIDE BUSHIDO. Focando em categorias de peso menores (antes, só tinham pesos médios e pesados em seu plantel). a série PRIDE BUSHIDO começou a trazer pesos leves e meio-médio para seus ringues e diminuiu inclusive o tempo dos rounds (a série BUSHIDO tinha um round de 10min e um de 5), interrompia luta sem atividade mais rapidamente e introduziu “cartões amarelos” em infrações, que podiam resultar até em dedução de bolsa de atleta! A série BUSHIDO ajudou o PRIDE a trazer mais membros do clã Gracie como Ralph e Rodrigo.



Material promocional da série PRIDE BUSHIDO (Foto: MMA Junkie)

Em relação à lendas, 2003 trouxe um bocado. Aleksander Emelianenko, Kazuhiro Nakamura, Murilo Bustamante, Sergei Kharitonov e um tal brasileiro natural de Curitiba chamado Maurício “Shogun” Rua estrearam pelo PRIDE naquele ano. Em 2003, o PRIDE voltou ao formato de torneio e realizou um Grand Prix dos pesos médios, separado em dois eventos: Total Elimination e Final Conflict. O brasileiro Wanderlei Silva sagrou-se campeão do torneio nocauteando Quinton “Rampage” Jackson com uma saraivada de joelhadas que levaram “Rampage” à lona. Wanderlei manteve seu reinado nos pesos médios do PRIDE mas outro rei da organização acabou perdendo a coroa.

Antônio Rodrigo “Minotauro” Nogueira, logo no primeiro evento do ano, foi derrotado por Fedor Emelianenko e o russo foi sagrado campeão dos pesos pesados do PRIDE. Ele até teria chances de uma revanche mas uma série de lesões fizeram Emelianenko ter de ser retirado de várias lutas. O PRIDE optou por criar um título interino, decidido entre Minotauro e Mirko “Cro Cop” Filipovic e vencido pelo brasileiro, no mesmo dia das finais do Grand Prix dos pesos-médios. O ano de 2003 se encerra com o evento PRIDE SHOCKWAVE na véspera de Ano Novo e levaram 40 mil pessoas à Saitama Super Arena na cidade de Saitama, encerrando mais um ano com chave de ouro.

Fedor Emelianenko encerra o reinado de Rodrigo “Minotauro” Nogueira e torna-se campeão dos pesados do PRIDE (Foto: MMA Core)

2003 foi o ano onde o PRIDE invadiu o mundo virtual! Os primeiros videogames exclusivos do PRIDE FC foram lançados em 2003, apenas no Japão, para o Sony PlayStation 2. PRIDE FC: PRIDE Fighting Championship e PRIDE FC – GRAND PRIX 2003 foram lançados em Fevereiro e Novembro respectivamente para o PlayStation dois mas infelizmente nunca chegaram ao Ocidente. Gamers podiam adquirir pela internet mas restrições de região podiam impedir o funcionamento da mídia do jogo em consoles americanos. Nos games, há reprodução fiel do roster do PRIDE, com suas maiores estrelas e com bastante semelhança com as feições reais dos atletas.

Em 2004, o PRIDE realizou mais um torneio, desta vez pelos pesos pesados. Mas esse torneio foi separado em TRÊS eventos: Total Elimination, Critical Countdown e Final Conflict. Fedor Emelianenko manteve-se como rei dos pesos pesados vencendo o campeão interino “Minotauro” Nogueira mas a luta que decidiu isto NÃO ocorreu no evento Final Conflict. No Final Conflict, a luta terminou sem resultado (No Contest) após interrupção médica do córner de Emelianenko decidir que não havia como a luta continuar. Fedor teve um corte causado por uma cabeçada e os médicos optaram por interromper o combate. A final de fato aconteceu no PRIDE SHOCKWAVE de 2004.

Fedor Emelianenko usa seu ground and pound para cima de Rodrigo Minotauro no PRIDE SHOCKWAVE de 2004 (Foto: MMA Core)

2004 foi o ano onde o PRIDE realizou poucos eventos numerados (apenas dois, PRIDE 27 e 28), focando nos torneios e na série BUSHIDO (foram 4 eventos da série naquele ano). Quanto ao roster de atletas, astros como Akihiro Gono, Charles “Krazy Horse” Bennett, James Thompson, Jens Pulver, Josh Barnett, Mark Hunt, Ryo Chonan, Takanori Gomi e Sean Sherk estreavam pelo banner da organização japonesa e o plantel de atletas ia ficando cada vez maior. Era dito que o número de grandes atletas do esporte era muito maior no plantel do PRIDE do que do UFC e do K1…

Falando dos campeões, os que fecharam 2003 como reis de suas categorias de peso mantiveram as suas coroas. Wanderlei Silva e Fedor Emelianenko permaneceram com seus cinturões. Wand derrotou Quinton “Rampage” Jackson no PRIDE 28 (com aquelas memoráveis joelhadas que deixaram Rampage nocauteado e sangrando pendurado nas cordas do ringue) e Minotauro caiu para Fedor e perdeu por decisão unânime pelo PRIDE SHOCKWAVE 2004. O ano de 2004 acaba com um balanço muito positivo à organização e 2005 promete trazer muitas novidades… Mas, para saber quais são, fiquem ligados na QUINTA parte do Especial PRIDE FC!

VEJA ABAIXO A LUTA COMPLETA ENTRE WANDERLEI SILVA E QUINTON RAMPAGE JACKSON PELO PRIDE 28 + IMAGENS DE BASTIDORES!



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Paulistano, São Paulino, baterista, perito em TI, fanático por lutas e viciado em games. Colunista e redator Nocaute Na Rede.
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