Após a luta com Anderson Silva no UFC 183, o americano Nick Diaz foi pego no antidoping pela terceira vez por excesso nos limites de metabólitos provenientes da maconha, bem como o brasileiro que também foi pego com substâncias ilícitas no organismo, principalmente a drostalotona que é frequentemente usada para o aumento da massa muscular.
A verdadeira polêmica foi quando saíram os resultados dos julgamentos de ambos os atletas nos últimos meses. Anderson Silva pegou a pena equivalente a 12 meses sem poder subir aos octógonos e uma multa no valor de US$ 380 mil ( cerca de R$ 1,4 milhão ) enquanto o americano que foi pego num doping muito menos “impactante” do que o de Anderson, sendo que a maconha é mais uma droga recreativa sem muita utilidade para melhoria do rendimento físico do atleta ao contrário da drostalotona, foi condenado pela Comissão Atlética do Estado de Nevada a cumprir uma pena absurda de cinco anos, agregando uma multa de US$ 633 mil ( cerca de R$ 2,4 milhão ).
Esta diferença no julgamento dos atletas gerou um movimento viral na internet conhecido como “Free Nick Diaz”, em pouco tempo o movimento ganhou simpatizantes de lutadores famosos de diversas artes marciais,personalidades e fãs do MMA em geral. O movimento foi tão grande que se transformou numa petição oficial online para que a Casa Branca fizesse uma análise do caso e por sua vez revogasse a decisão imposta pela Comissão Atlética, mas para que isso fosse possível a petição teria que chegar num numéro impressionante de 100 mil assinaturas.
Os números impressionam e hoje a marca de assinaturas passam de 110 mil pessoas, sendo assim o caso de Nick Diaz que tinha um prazo limite até esta próxima sexta-feira para conseguir a marca, já tem a garantia de que o caso será reavaliado pela equipe do presidente Barack Obama.
Num país onde em quatro estados temos o uso recreativo da maconha liberado, dezenove estados o uso terapêutico da maconha legalizado e onde na maioria destes o consumo da substância para fins recreativos não é considerado um crime, fica a reflexão do quanto perturbador é o objetivo de tirar a profissão de um ser humano por 5 longos anos, retirando o amor ao esporte do coração do lutador a força. Hora de pensar em evoluir e não em punir.
Escrito por Luciano Viegas.
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