Jiu Jitsu das antigas, um tempo que deixou saudade!

Fala pessoal como estão ? É bom estar por aqui conversando com os leitores toda a sexta!  Cara, seguinte, dando uma passada no site da revista TATAME, uma reportagem...

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Fala pessoal como estão ? É bom estar por aqui conversando com os leitores toda a sexta! 



Cara, seguinte, dando uma passada no site da revista TATAME, uma reportagem em si me chamou a atenção.

Behring vê defesa pessoal com ‘certa resistência’ no Jiu-Jitsu atual e critica: ‘Perdeu a essência’

Pra começar bem essa matéria, pra quem não tá ligado quem é Sylvio Behring, é só o cara que criou Fabrício Werdum e Mario Reis na arte suave! faixa-coral de Jiu-Jitsu (7º Grau) e faixa-preta de Judo.

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Vamos ao ponto chave, na reportagem em questão Behring fala algo que me chamou a atenção:

Vejo a defesa pessoal um pouco sem liderança nos dias de hoje, encontrando certa resistência, principalmente do pessoal adepto da luta sem quimono. A essência da defesa pessoal se perdeu com os anos, os princípios do mestre Helio Gracie… Hoje em dia é difícil encontrar professores que fazem uma adaptação da defesa pessoal para a atualidade.

E ele vai além…

“O Rickson de certa forma começou uma campanha para o resgate da defesa pessoal no Jiu-Jitsu, da sua essência, e foi uma ótima sacada. Muita gente começou a se questionar sobre o seu real conhecimento. Hoje em dia a galera mais nova quer ação, luta, mas o pessoal mais velho, que conhece a história do esporte, não lida muito bem com o fato de ver o Jiu-Jitsu sem uma das suas essências, que é a defesa pessoal”

Pois bem pessoal Behring confirma algo que já disse aqui diversas vezes. Vejo que no Jiu Jitsu de um modo em geral, e aprofundando ao MMA em si, a essência real do verdadeiro esporte andou se perdendo. O Jiu Jitsu surgiu como uma forma de defesa pessoal do mais ”miúdinho” como o próprio mestre Hélio se entitulava, contra o cara fortão gigantesco.

Quem ver uma luta entre Royce Gracie x Wallid Ismail, falando de campeonatos, vai entender o que digo. Nos anos 90 se treinava pra ficar bom ,ponto. O ponto chave pra evolução era treino pesado, de coisas que não se tinha nem em quartel, regime militar geral na questão de treinos, sol de 40 graus lá fora, academia fechada, sem água, kimono fedorento suado e era isso. O que eu acho mais engraçado é que não se tinha os métodos ”médicos” que se existe hoje, nutricionistas de ponta, empresários bancando os melhores fisiologistas do mundo para seus atletas. Naquele tempo era treino, treino e mais treino e ainda comer o menos possível antes de cada treino pra que você não pusesse a alma pra fora no tatame. 

Não se tinha ”whey, malto, gluta, creatina e outras porcarias era a dieta Gracie e era isso!

Comparando o modo de alguns atletas de ponta hoje em dia, nenhum deles irá atingir o status de lendas como Behring, Royce, Wallid, Belfort, Demian Maia. E como pode os caras não tinham tudo o que se tem hoje pra treinar e mesmo assim tem mais troféus e medalhas que muito top que tem na atualidade (risos)

Fora o fato de que se um dia fizerem um anti dopping ”surpesa” em diversos tops do jiu mundial, meu amigo, vamos nos surpreender com os resultados, tem lutador aí campeão de Abu Dhabi que estanazanol é aspirina viu!

Hoje eu particularmente tenho pena do árbitro que pega uma luta de um Keenan Kornelius, de um João Myao… Diz aí, faz como pra dar a pontuação certa pra esses cara se mal saem de um berimbolo, e já tão partindo pra outro numa luta que na minha opinião é CHATA PRA CARAMBA.

Olhem o Jiu das antigas, o cara era bom de queda, BUM! Aquele duelo forte do passador contra o guardeiro e já era.

O jiu jitsu das antigas mesmo, o cara criava espírito equilibrado dentro da academia,era forte no tatame e de espírito também, levava a filosofia do jiu jitsu no peito e mostrava a arte aonde passava.

Hoje você vai em qualquer academia e é um jiu jitsu muito plástico, evidentemente que existem as que seguem a risca a regra das antigas, da defesa pessoal e levam bons nomes pras competições de jiu com pano e no-gi, porém são poucas, vejo que não só a ”não pratica” do jiu como defesa pessoal no âmbito das academias vem crescendo, como também a banalização do esporte em si, aluno que não sabe dar nem um arm lock bem trabalhado e tá lutando entre os faixas azuis e por aí vai e olha que tem à montes disso aí.

Espero que os bons mestres das antigas que tem por aí, em diversas academias de ponta, consigam formar alunos com essa ”pegada”, essa essência que só o jiu das antigas tem. Creio que essa essência não se perderá, mas que está se tornando rara, há isso eu não tenho dúvida.

Jiu das antigas meus amigos! OSS!!!

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Escrito por Luis Augusto de Campos



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