Prévia e análise do TUF 23 Finale: Jedrzejczyk vs Gadelha

Nesta sexta feira, 8, é dia do segundo evento do UFC na ‘Fight Week’, dia de TUF 23 Finale, evento no qual teremos as finais do TUF 23, Andrew...

Nesta sexta feira, 8, é dia do segundo evento do UFC na ‘Fight Week’, dia de TUF 23 Finale, evento no qual teremos as finais do TUF 23, Andrew Sanchez x Khalil Rountree e Amanda Cooper x Tatiana Suarez. Teremos ainda a disputa entre as treinadoras do TUF 23, a campeão Joanna Jedrzejczyk enfrentando a desafiante brasileira Claudia Gadelha. O evento conta ainda com a estreia do ex campeão peso leve do Bellator, Will Brooks, enfrentando já de cara o campeão do TUF 9, Ross ‘the real deal’ Pearson. Além de Gadelha, teremos ainda mais 5 brasileiros no evento, Thiago Tavares, Netto BJJ, Fernando Bruno, Matheus Nicolau e Cezar Mutante. Confira agora a prévia e análise do que de melhor pode acontecer em mais um grande evento do UFC.

Pelo cinturão dos palhas: JOANNA JEDRZEJCZYK vs CLAUDIA GADELHA



(Foto: Evelyn Rodrigues)

(Foto: Evelyn Rodrigues)

Na luta principal deste TUF 23 Finale, duas rivais declaradas estarão frente a frente. A polonesa Joanna Jedrzejczyk enfrenta a brasileira Claudinha Gadelha, numa luta que promete ser uma verdadeira guerra.

Após ser 6x campeã de muay thai, Joanna decidiu migrar para o MMA, fez sua estreia em 2012 e teve uma ascenção meteórica. Foram 6 vitórias (2 nocautes, 1 finalização e 3 por decisão) em 6 lutas disputadas até que o UFC a contratou. Após nocautear Juliana Lima na estreia e vencer a própria Claudia Gadelha por decisão dividida, a polonesa ganhou a oportunidade de lutar pelo cinturão, na época pertencente a Carla Esparza. Em março de 2015, menos de 3 anos após se tornar profissional de MMA, conquistou o cinturão da maior Organização de MMA do mundo, nocauteando Esparza. Ainda em 2015, fez duas defesas bem sucedidas de cinturão, nocauteando Jessica Penne e dominando Valérie Létourneau durante 5 rounds. Em 2016, a luta contra Gadelha será seu primeiro combate no ano.

Assim como a polonesa Joanna, Claudinha fez fama numa arte marcial específica antes de ir para o MMA. A brasileira foi 7x campeã brasileira, 3x campeã mundial, tudo isso competindo pelo jiu jitsu. Em 2008 fez sua estreia pelo MMA e foi se mantendo invicta até alcançar o cartel de 12-0-0, com direito a 2 nocautes, 6 finalizações e 4 por decisão. Em dezembro de 2014, enfrentou Joanna Jedrzejczyk e acabou sendo derrotado – de forma polêmica e muito contestada – por decisão dividida, em luta que valia um ‘tittle shot’. Após a derrota, a atleta da Nova União entrou em ação apenas no UFC 190, quando venceu Jessica Aguilar por decisão unânime e garantiu a chance de ser a nova desafiante ao cinturão.

(Foto: Reprodução/ USA Today)

(Foto: Reprodução/ USA Today)

Com 6 títulos mundiais de muay thai conquistados, Joanna deixa claro qual é sua base. A polonesa tem um ‘striking’ excelente, coloca muitos socos, principalmente em linha reta, com muita velocidade e uma precisão altíssima. Além dos socos, os chutes também são uma arma poderosíssima da campeã. Em sua última luta, contra Valérie Létourneau, Jedrzejczyk bateu o recorde de chutes aplicados na perna, foram 70 ao todo. Chutes por dentro e por fora da coxa, nas costelas, na cabeça, ‘tip’, ‘thai tip’, chutes frontais no queixo, chutes de todos os jeitos, em todos os lugares. Na chuta distância, Joanna abusa das cotoveladas rápidas, sem precisar de muito espaço para desferí-las. Enfim, o arsenal da campeã nessa área do combate é muito vasto. Além da trocação, Joanna tem uma boa defesa de quedas e um bom preparo físico.

Os títulos conquistados no jiu jitsu mostram exatamente onde é a especialidade de Claudinha, não a toa sendo o tipo de vitória mais alcançada por ela, as finalizações. Outra coisa que a brasileira faz de forma excelente é aplicar as quedas, não a toa conseguindo derrubar 7 vezes a própria Joanna Jedrzejczyk na primeira luta entre elas. Claudinha é muito forte, tem uma força física enorme, e assim mesmo que não consiga derrubar a oponente na técnica, vai na força bruta mesmo. Na trocação, a técnica da lutadora da Nova União não é tão alta assim, principalmente se comparada com a polonesa, mas a mão é pesada e tem boa velocidade, e se chegar a acertar a rival, pode garantir a vitória.

(Foto: Getty Images)

(Foto: Getty Images)

Se depender da animosidade antes do combate, essa luta vai ser na verdade uma grande guerra. Durante todo o TUF 23, as duas lutadoras mostraram que essa rivalidade já ultrapassou o profissional, já é pessoal mesmo. A luta em si será um combate clássico entre o ‘striker’ vs ‘grappling’, onde cada uma tentará manter na área que melhor lhe favorece. Alguns pequenos detalhes podem favorecer um lado ou outro. Especialista na luta agarrada e principalmente nas finalizações, a brasileira vai tentar levar a luta, seja na técnica ou na força bruta. A questão é se a polonesa melhorou no quesito defesa de quedas desde a última luta entre elas. Aquela que conseguir se impôr nesse jogo, sai na frente. Outro fator que pode colaborar é o fator “gás”. Numa luta de 3 rounds, a brasileira mostrou que pode fazer seu jogo de agarrar e tem totais condições de levar o combate a seu favor. No entanto, essa é uma luta valendo título e consequentemente será de 5 rounds, o que pode favorecer a campeã, que já está mais adaptada a treinar para essa situação e já tem experiência de disputar esse número de rounds. Diante de todas as situações, tanto as que foram apresentadas pelas próprias lutadoras no primeiro confronto quanto as que estão sendo apresentadas aqui, há praticamente um empate técnico entre as duas, sem favoritismo.

Palpite: Joanna Jedrzejczyk vence por decisão unânime

Pesos Leves: ROSS PEARSON x WILL BROOKS

(Foto: Reprodução/ Instagram)

(Foto: Reprodução/ Instagram)

No card principal, a luta entre Ross Pearson x Will Brooks chama bastante atenção. O inglês é um dos mais “casca grossa” da divisão e já foi campeão do TUF 9, o outro é ex campeão peso leve do Bellator e tem apenas 1 derrota em toda a carreira.

Ross Pearson tinha um cartel de 8-3, em lutas disputadas apenas no Reino Unido, quando foi chamado para o TUF 9: Estados Unidos vs Reino Unido, onde acabou se tornando o grande campeão da edição. Depois da final do TUF, já foram 18 lutas pela Organização, sendo 10 vitórias, 7 derrotas e 1 ‘no contest’.  Seu último combate foi em março desse ano, quando venceu Chad Laprise por decisão dividida.

Depois de passar até por eventos como o extinto Dream, Will Brooks ganhou uma chance no Bellator em janeiro de 2013. Venceu na estreia, mas logo em sua segunda luta pela Organização acabou sofrendo sua primeira derrota na carreira, e logo por nocaute. Depois daí foram 7 vitórias consecutivas, enfrentou seu único algoz e vingou a derrota, ganhou o título do torneio de leves da 9ª temporada, o cinturão interino dos pesos leves, o cinturão linear dos leves e ainda o defendeu bem sucedidamente por duas vezes até ser contratado pelo Ultimate.

(Foto: UFC)

(Foto: UFC)

Apesar de ser faixa preta em taekwondo, Pearson é mais conhecido por seu boxe, pelas mãos pesadas e técnica apurada. O inglês também sempre chamou bastante atenção pela agressividade, mas em suas últimas lutas tem se comportado de outra forma, menos agressivo e bem mais inteligente, aproveitando muito melhor sua técnica.

Will Brooks é um grande produto desta categoria no MMA mundial. É bom trocador, se der mole no chão, ele pega mesmo. Apesar da versatilidade, talvez a melhor qualidade dele é o preparo físico. Das 18 vitórias na carreira, 8 foram conquistadas na decisão dos juízes, sendo em lutas de 3 ou 5 rounds, e ainda teve um combate valendo título em que Brooks nocauteou o oponente no 4º round. Com a luta com Pearson sendo de 3 rounds, se for para decisão dos juízes, a probabilidade é alta de o inglês sair com a derrota.

(Foto: Reprodução/ MMA Fighting)

(Foto: Reprodução/ MMA Fighting)

 

Will Brooks já é um cara rodado, que apesar do pouco tempo como profissional de MMA, já foi até campeão e dominou uma categoria na segunda maior Organização de MMA do mundo, Bellator. No entanto, apesar de tudo isso, pode ser que uma estreia no octógono mais famoso do mundo seja intimidadora. Com 18 lutas no Ultimate, por sua vez, Pearson já sente como se tivesse lutando na sala de casa. O americano vai buscar pressionar, principalmente fazer bonito na estreia. Espera-se muito de Brooks no Ultimate, principalmente depois do sucesso de outro ex campeão peso leve do Bellator e que agora é o campeão peso leve do UFC, Eddie Alvarez. Espera-se muito que Brooks incendeie mais ainda a já muito louca categoria dos leves. Mas é bom não entrar tão pilhado como tem demonstrado estar, porque como já dito, além da técnica, ‘the deal real’ está lutando ultimamente de forma bem inteligente, e pode acabar frustrando os planos de Brooks em dar uma boa cutucada no novo campeão Eddie Alvarez

Palpite: Will Brooks vence por decisão unânime

(Foto: Divulgação/ UFC)

(Foto: Divulgação/ UFC)

TUF 23 Finale: Jedrzejczyk vs Gadelha

8 de julho, MGM Grand Garden Arena, Las Vegas, Nevada

CARD PRINCIPAL

Palhas Femininos: Joanna Jedrzejczyk x Claudia Gadelha
Meio Pesados: Andrew Sanchez x Khalil Rountree
Palhas Femininos: Amanda Cooper x Tatiana Suarez
Leves: Ross Pearson x Will Brooks
Penas: Doo Ho Choi x Thiago Tavares
Leves: Netto Bjj x Andrew Holbrook

CARD PRELIMINAR

Penas: Gray Maynard x Fernando Bruno
Moscas: John Moraga x Matheus Nicolau
Meio Pesados: Cory Hendricks x Josh Stansbury
Médios: Cezar Mutante x Anthony Smith
Leves: Jake Mattews x Kevin Lee
Meio Médios: Li Jingliang x Anton Zafir

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Pai, marido, neto, amante da família; filho de Deus; Graduando em Comunicação Social (Rádio e TV) na Universidade Federal do Maranhão; Editor chefe do Nocaute na Rede, sonha em seguir carreira na área esportiva; Redator nas seções de MMA nacional e internacional; Apaixonado por rádios, jornais, livros, podcasts, filmes, séries, comidas, esportes em geral (principalmente MMA, futebol e basquete); Praticante de MMA e muay thai;
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