Sugestão de pauta: Aos 15 anos, Felipe Orfeu finaliza “a la Jon Jones” e sonha em ser lutador profissional

O atleta Felipe "Orfeu" Bueno tem apenas 15 anos, mas tem muita personalidade na luta e história nas artes marciais
Felipe Orfeu
Foto: Divulgação

Foi com cinco anos de idade que ingressou na Capoeira e tempos depois no Karatê, onde teve decepções e falsas promessas. Foi aí que desmotivado, largou as artes marciais e foi se dedicar ao futebol. Após três anos, Orfeu percebeu que não era o futebol que lhe traria prazer nos esportes e retornou às artes marciais:

“No futebol começou a mudar, eu já não ia mais jogar pra me divertir. E nisso eu falei para meu pai que queria voltar para as artes marciais. Queria fazer Jiu Jitsu, pois eu já brincava com meu pai em casa. Meu pai me apresentou o Alex Mangueboy, que me deu um kimono, me recebeu muito bem e me colocou pra dentro do tatame. No primeiro treino eu percebi que eu estava no lugar certo e era o que eu queria pra minha vida”.



No Jiu Jitsu, Bueno participou de competições. Foi apresentado ao Muay Thai, e resolveu competir também na arte das oito armas. Como não tinha condição de pagar as mensalidades, o atleta ingressou no Instituto Bom Combate:

“Eu não tinha como pedir para meus pais pagaram outra arte marcial, não tínhamos condições, então fui treinar de graça no projeto social. Os graduados perceberam que eu levava jeito, pois já tinha uma bagagem vinda do Karatê, e começaram a me chamar para treinar mais. Treinar junto com os profissionais Rodrigo Caiçara e Leandro Light é muito bom, todos se ajudam e a gente cresce e evolui juntos, elevando o nome da academia, do projeto social e não apenas do atleta”. Além de treinar com os atletas profissionais da equipe e com o head-coach Alex Mangueboy, quem afia a trocação da jovem promessa é Edmundo Coleto.

Após participar do campeonato paranaense de Muay Thai, Felipe Orfeu lesionou o joelho, o que lhe manteve fora dos ringues por oito meses. Retornou em luta de MMA amador no Gladiator Combat Fight 36, no último domingo, dia 6 de maio.  Venceu com um mata-leão invertido em pouco mais de um minuto de combate o atleta Alan Oliveira, da equipe Gile Ribeiro:

“Foi uma vitória espetacular. Esse golpe já estava na minha cabeça há algum tempo. Assisti vídeos do meu professor, Alex Mangueboy e gravei na memória porque sabia que eu usaria um dia. E esse dia chegou e deu certo”.

Felipe Orfeu lutador

Foto: Divulgação

Alex Mangueboy, Head-Coach de “Lipe Orfeu”, como carinhosamente ele o trata, fala sobre a trajetória de seu pupilo e da finalização “a la Jon Jones”, comparação que Orfeu prefere deixar de lado:

“Lipe Orfeu é um menino diferenciado em tudo, é único. Quando ele venceu essa luta, chamaram ele de Jon Jones, porque lembrou muito a finalização dele no Lyoto Machida, mas ele é humilde e não quer ser comparado, demonstrando muita personalidade. Os pais do Felipe me ajudam na ONG, no Instituto Bom Combate, vestem a camisa de verdade. E por conta disso, a base familiar dele é muito boa, ele cuida das irmãs dele, cuida da casa. Ele se expressa bem, fala bem, e eu estou muito feliz. Quando vi ele pela primeira vez eu sabia que ele tinha um talento natural, e tem tudo pela frente ainda.

Encontro emocionante com Rodrigo Minotauro no parque

Assim como todo adolescente, Felipe Orfeu também tem seus ídolos no esporte. É fã de Anderson Silva, José Aldo e Rodrigo Minotauro. Ele assiste o UFC sempre que pode e analisa as lutas de seus ídolos na internet, sonhando um dia ser campeão como eles. Quando Rodrigo Minotauro esteve em Curitiba visitando a Team Nogueira que existia na capital paranaense, o adolescente teve a oportunidade de participar de um aulão no parque com a lenda do UFC e do MMA mundial, como conta o treinador:

“Quando eu ainda dava aulas na Team Nogueira em Curitiba, ele apareceu lá com a família dele, e na ocasião, o Minotauro estava dando um treino no parque, aberto ao público, e ele dispensa qualquer comentário, é um espetáculo, todo mundo gosta dele. E quando o Felipe encontrou com ele neste parque, se emocionou, abraçou e só reforçou o sonho dele de ser lutador”, finaliza Alex Mangueboy, treinador de Felipe Orfeu.



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