Cain Velasquez completa 34 anos

Lutador chegou aos 34 anos e ainda possui um longo e vitorioso caminho pela frente, isso se as lesões não o atrapalharem
(Foto: Reprodução)

Nesta quinta feira, 28, um dos lutadores mais agressivos que já passaram pela história do MMA está completando 34 anos de vida. Trata-se de ninguém menos que a fera Cain Ramirez Velasquez, o hoje #2 da categoria peso pesado do UFC.

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Cain Velasquez é estadunidense descendente de mexicanos. Quando ainda fazia parte da Universidade do Estado do Arizona, era capitão do time de wrestling, e deteve um recorde de 110-10 na modalidade, sendo ainda por duas vezes ‘all american’. Quando terminou a faculdade, optou por mudar para o MMA.



Em outubro de 2006, fez sua estreia no extinto Strikeforce, onde nocauteou seu oponente aos 1:58 do 1º round. Daí em diante, a carreira evoluiu meteoricamente. Com estilo agressivo, de colocar medo nos oponentes, chegou ao incrível cartel de 8-0, com direito a 7 nocautes, sendo 5 no 1º round e 2 no 2º. Apenas um lutador conseguiu sobreviver 3 rounds com o lutador da AKA, Cheick Kongo, sendo derrotado por decisão unânime. 

Apenas 4 anos depois de se tornar profissional de MMA, Velasquez chegou ao sonhado título da maior Organização de MMA do mundo, tomando o cinturão do então campeão Brock Lesnar, nocauteando-o aos 4:12 do 1º round e chegando ao título de forma invicto, algo simplesmente espetacular, principalmente se tratando da categoria mais brutal do esporte, pesos pesados.

Depois disso, Cainperdeu o cinturão para Júnior Cigano, depois voltou a conquistá-lo em cima do próprio Júnior Cigano, e perdeu novamente, nesta última sendo para o também brasileiro Fabrício “vai cavalo” Werdum

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Cain Velasquez tem todas as qualidades para se tornar o maior peso pesado de todos os tempos. Tem uma técnica de trocação muito boa, com as mãos pesadas e muito velozes, o que é um grande diferencial em se tratando de pesos pesados. A parte de wrestling também é excelente. Cain aplica muito bem as quedas, e também a posição de domínio no chão para a aplicação do ‘ground and pound’, contando também com a ajuda de suas habilidades no jiu jitsu, arte marcial em que ele é faixa preta.

Além de todas as qualidades técnicas, existem duas coisas que fazem Cain ser um cara diferenciado: o preparo físico e a forçaO preparo físico dele é absurdo demais, mais ainda quando vemos se tratar de um peso pesado. Apesar de ser um dos mais leves entre os pesos pesados, chegando a bater em média 108 kg nos dias de pesagem para os eventos, não é nem de longe normal você ver um cara que luta 5 rounds num ritmo alucinante. Até mesmo entre os pesos moscas (o peso mais leve entre os homens) e os palhas (o mais leve entre as mulheres), não é fácil encontrar alguém que luta 5 rounds de forma tão agressiva e domina tão bem o adversário. Isso faz com que seja praticamente impossível derrotá-lo por decisão dos juízes. A força do lutador é a outra coisa que impressiona, o que trabalhado com sua técnica de wrestling faz com que ele tenha uma incrível facilidade para derrubar, arremessar, levantar e fazer o que melhor desejar com o oponente. Não a toa tem o recorde de maior número de quedas na história do UFC, tanto de forma geral (27) quanto em um único combate (11). 

Como já dito, Cain tem todas as qualidades que podem fazê-lo chegar a ser o maior lutador da história, histórica e tecnicamente falando. No entanto há um grande problema que o persegue, as lesões. Antes de enfrentar Cigano pela primeira vez, o lutador vinha de uma lesão que o deixou parado por quase um ano. Após fechar a trilogia com o mesmo Júnior Cigano em outubro de 2013, chegou a ficar mais de 1 ano e meio sem entrar no octógono. Por várias vezes combates foram marcados para ele e depois tiveram que ser desmarcados por conta justamente destas lesões. Um cinturão interino chegou a ser criado para a divisão. Quando a luta com Werdum fora marcada para o UFC 188, o UFC chegou a avisar que caso o lutador abandonasse o combate por qualquer que fosse o motivo, seria automaticamente destituído do seu posto de campeão, perdendo a posse do cinturão. Após perder o cinturão para Werdum, Cain só retornou aos combates mais de 1 ano depois, no histórico UFC 200.

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No retorno no UFC 200, nocauteou mais um adversário no 1º round, Travis Browne. Agora, aos 34 anos, Cain possui 16 lutas, sendo 14 vitórias (12 nocautes – 9 destes nocautes foram só no UFC, o que lhe rende o posto de lutador com o maior número de nocautes da história dos pesos pesados e 2 por decisão) e 2 derrotas (1 nocaute e 1 finalização). O que resta para nós, torcedores, é justamente continuar torcendo, torcendo para que as lesões não volte a perturbá-lo, porque independente de qualquer coisa, é sempre bom assistir a um lutador como Cain, que tem muita técnica, mas também dá o sangue, que mostra coração, raça e vontade, que faz valer o ingresso.



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Pai, marido, neto, amante da família; filho de Deus; Graduando em Comunicação Social (Rádio e TV) na Universidade Federal do Maranhão; Editor chefe do Nocaute na Rede, sonha em seguir carreira na área esportiva; Redator nas seções de MMA nacional e internacional; Apaixonado por rádios, jornais, livros, podcasts, filmes, séries, comidas, esportes em geral (principalmente MMA, futebol e basquete); Praticante de MMA e muay thai;
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