Alexander Tràns: Entrevista exclusiva para o Portal Nocaute na Rede.

Alexander Trans, faixa preta de BJJ, um dos grandes nomes das competições da IBJJF e pupilo de Helder Medeiros, vulgo Bob Esponja, concedeu uma entrevista exclusiva para o Portal...

Alexander Trans, faixa preta de BJJ, um dos grandes nomes das competições da IBJJF e pupilo de Helder Medeiros, vulgo Bob Esponja, concedeu uma entrevista exclusiva para o Portal Nocaute na Rede. Na entrevista ele fala do início de carreira, dos planos para o futuro e do rival Marcus Buchecha.

Foto: Reprodução

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Trans, como foi seu começo nas artes marciais? Praticou alguma outra arte antes do Jiu-Jitsu?



“Sim, eu comecei a treinar o Jiu-Jitsu tradicional do Japão, que é mais focado na parte de auto-defesa, porque não tinha o Jiu-Jitsu Brasileiro onde eu morava. 2 anos depois com 15 anos, eu comecei a treinar numa academia de MMA, os primeiros meses sem kimono e depois de kimono também.”

A Dinamarca não tem tradição no Jiu-Jitsu. Hoje está sendo mais difundido na Dinamarca com um atleta Dinamarquês?

Não, o esporte ainda é muito pouco conhecido na Dinamarca, hoje em dia tem mais pessoas que conhecem ou ouviu falar através do MMA, ms ainda é muito difícil viver do Jiu-Jitsu lá, então por enquanto não tenho planos em voltar pra lá no futuro.”

Trans com amigos, após mais um treino. Foto: Acervo pessoal

Trans com amigos, após mais um treino. Foto: Arquivo pessoal

As pessoas te reconhecem na rua lá?

“Não, nem todas as pessoas que praticam Jiu-Jitsu lá sabem quem eu sou, o pessoal lá não segue muito os campeonatos internacionais. O crescimento do esporte, comparado aos países vizinhos como Suécia e Noruega por exemplo, está indo muito devagar, acho que o esporte e a atividade física em geral não faz uma parte tão grande da cultura dinamarquesa, e fora os jogadores de futebol e alguns lutadores de boxe, é muito difícil pra um atleta viver do esporte morando lá, infelizmente!”

Você é apontado como o melhor atleta Europeu, por ter conquistados vários títulos, inclusive campeonatos brasileiros. Quando você decidiu focar na carreira de atleta? Existiu algum título em especial para a tomada desta decisão?

“Eu comecei a me focar mesmo em 2010 com 20 anos, quando eu era faixa roxa. Antes eu não pensava que seria possível pra mim viver do Jiu-Jitsu. Eu acho que o que me fez comecar a acreditar que eu talvez tinha chances de conseguir, foi quando eu comecei a disputar os campeonatos grandes da IBJJF como o Europeu onde eu ganhei peso e absoluto, e o Mundial que eu ganhei também. Depois disso quando eu peguei a marrom, eu comecei a viajar pro Brasil pra procurar treino, e me dedicar mais ainda, levando uma vida de atleta mesmo, sem sair e beber e tal. Eu medalhei em todos os campeonatos da IBJJF que eu já disputei, então isso também é uma coisa que me faz acreditar que eu estou no caminho certo, mesmo com as decepções que eu tive profissionalmente.”

Trans no pódio com as feras Leandro Lo, André Galvão e Felipe Preguiça. Foto: IBJJF

Trans no pódio com as feras Leandro Lo, André Galvão e Felipe Preguiça. Foto: IBJJF

Você tem perseguido o título de Campeão Mundial Absoluto. Com a lesão do Buchecha, acha que o caminho ficará mais suave?

“Eu acho que com certeza se ele de fato ficasse de fora do Mundial ano que vem, o caminho não só pra mim, mas pra todo mundo, vai ficar mais fácil sim, sendo que na minha opinião, ele, junto com o Rodolfo, são os melhores da atualidade. Porém, eu acho que vai dar tempo dele se recuperar e voltar no Mundial ano que vem, eu torço muito para que ele consiga, eu sei como é difícil de ter que se afastar das competições por causa de uma lesão, e espero que a recuperação dele seja rápida.”

Já pensou em migrar para o MMA?

“Antes era meu plano de migrar pro MMA sim, mas hoje em dia não é mais. Antes eu pensava em migrar pro MMA mais pela questão financeira, mas eu vejo que hoje, os atletas de Jiu-Jitsu estão sendo mais valorizados, em termos de lutas casadas e campeonatos que pagam premiações, patrocinadores, seminários, etc. O problema é que ainda são poucos os atletas que conseguem se manter só competindo e dando seminários, a maioria ainda tem que dar aula ou as vezes até ter outra profissão fora do Jiu-Jitsu. Mas graças a Deus hoje em dia eu cheguei num ponto onde consigo viver 100 % do Jiu-Jitsu, então pra mim ir pra outra modalidade e comecar praticamente do zero de novo, não faz mais sentido pra mim.”

Trans defendendo um triangulo, para conquistar seu primeiro mundial, ainda na faixa roxa, em 2010. Foto: Arquivo pessoal

Trans defendendo um triangulo, para conquistar seu primeiro mundial, ainda na faixa roxa, em 2010. Foto: Arquivo pessoal

Espaço livre para agradecimentos ou comunicados.

Eu gostaria de agradecer aos meus patrocinadores Tatami Fightwear, e Knockout Sports pelo apoio. Se alguém tiver interesse em marcar seminários ou algo do tipo, pode entrar em contato pelo meu email: [email protected], ou então por inbox no Facebook mesmo! Obrigado! Oss

Mundial de Abu Dhabi, vicecampeão. Foto: Reprodução

Mundial de Abu Dhabi.  Foto: Reprodução

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Escrito por Bruno Carvalho



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Jiu Jitsu

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