#ConexãoBoxe: Entrevista com Raphael Zumbano: “Meus maiores ídolos são meu avô Ralph Zumbano e meu primo Éder Jofre”

Raphael Zumbano, ex-integrante da seleção brasileira e hoje boxeador profissional com muita garra de vencer e seguir lutando sempre é oriundo da maior família de boxeadores do mundo. O...
Raphael Zumbano, ex-integrante da seleção brasileira e hoje boxeador profissional com muita garra de vencer e seguir lutando sempre é oriundo da maior família de boxeadores do mundo.raphael
O que fez você começar a praticar Boxe?
O convívio com o meu avô materno, Ralph Zumbano, com quem eu morei desde muito pequeno, dos meus quase 2 anos até os meus 18, 19 anos.

Quem foram seus primeiros professores?

Meu primeiro contato com o boxe foi com meu avô Ralph Zumbano, foi ele quem me ensinou os primeiros passos na modalidade, mas meus primeiros treinadores oficialmente, foram Edvan “Coquinho” de Queiróz e o Juan Diaz.



Como sua família tomou essa decisão?

Todos aceitaram muito bem, afinal, era uma vontade de todos que eu me dedicasse ao boxe.

Sendo parte da maior família de boxeadores do mundo, você recebe muita opinião e dicas da família? Como você toma isso?

Recebia muito mais dicas na época que meu avô Ralph e meus tios eram vivos, hoje em dia eu recebo dicas do meu primo Eder Jofre, que é um ícone no boxe mundial e sempre que pode esta nas minhas lutas e nos falamos pessoalmente, por telefone, ou até mesmo através de recados pela minha mãe quando estou fora do Brasil treinando, mas sempre temos contato.

Como foi sua passagem na seleção brasileira?

Minha passagem pela seleção Brasileira foi uma conquista e uma grande honra para mim, a minha primeira convocação para espanto de todos, a minha volta, eu a neguei, a neguei pois eu se quer havia feito uma luta e eu estava sendo convocado, simplesmente pelo meu sobrenome e eu achei isso muito desagradável e uma grande falta de respeito com os outros atletas que estavam na luta por uma vaga a muito mais tempo. Depois que disputei e ganhei a Forja de Campeões no ano de 2003, eu fui mais uma vez convocado e desta vez eu aceitei, sabia que ainda era por eu ser um Zumbano, afinal eu havia enfrentado apenas novatos como eu, mas mesmo assim, eu aceitei o desafio e integrei a EOP (equipe olímpica permanente). Logo que cheguei a seleção, participei do meu primeiro torneio internacional, o famoso Torneio Batalha de Carabobo em Valência na Venezuela. Com muita desconfiança por parte dos outros integrantes e até dos treinadores, o que era completamente justificável, todos ali tinha no mínimo 30 lutas internacionais e eu estava ali com 5 lutas, sendo 5 lutas com novatos assim como eu. Com a ajuda do sorteio de chaves, fui direto para as semi-finais e fiz minha primeira luta contra um oponente da República Dominicana, luta que ganhei por KO no segundo round e depois disso comecei a ser visto não só como um Zumbano, mas ainda tinha muito o que provar para estar na seleção brasileira. Fui para a final contra o Argentino Cebastian Ceballos, um atleta muito experiente que completava quase 70 lutas INTERNACIONAIS e eu completava a minha luta de número 7 e a 2ª internacional. Um atleta que já havia sido medalhista em campeonatos mundiais e outros, perdi por pontos, em uma luta muito contestada e desta maneira eu encerrei a minha primeira competição representando a seleção Brasileira com medalha de Prata e a partir dai comecei a ter meu espaço e a ser visto como o Raphael Zumbano, não apenas como um Zumbano. No mesmo ano, participei dos Jogos Pan Americanos em Santo Domingo, ficando com a 5ª colocação, fui campeão das eliminatórias paulista para o campeonato Brasileiro e fui campeão Brasileiro, SEMPRE lutei na categoria dos Super Pesados no Boxe Amador.

Foi muito difícil a mudança ao Boxe Profissional ou era algo que você estava buscando?

A diferença foi muito grande sim, em 2005 quando me profissionalizei, o boxe amador era muito diferente do boxe profissional, o estilo de boxear, mas com a ajuda do meu treinador Juan Diaz um EXCELENTE boxeador e excelente treinador, eu consegui me adequar bem ao estilo. Quanto a querer, o profissionalismo é algo “inevitável” para um boxeador, mas confesso que preferia ter esperado um pouco mais e ter lutado por uma vaga nas Olimpíadas de 2008, em Atenas, mas por “problemas políticos”, por picaretagens, eu preferi abandonar meu sonho olímpico e me dedicar ao boxe profissional.

Conte um pouco de como você sente ao subir no ringue para lutar.

Eu me sinto um privilegiado, por poder fazer o que amo e seguir em busca de um sonho, muita gente não tem esta possibilidade e eu graças ao bom Deus tenho e quando eu estou dentro do ringue, eu agradeço muito por ter tido a condição de ter chegado até lá e busco fazer o melhor possível para sair vitorioso.

Como foi a experiência em Las Vegas? Você pretende voltar?

Estar em Las Vegas é algo maravilhoso, estar na capital mundial do boxe, treinar com os melhores, viver quase que 24 hora só boxe, é bom de mais e sempre que posso, eu chamo os amigos para irem para lá e tento abrir as portas para eles, lá é onde tudo acontece. Já estou aguardando o dia de voltar e fazer mais uma temporada de treinamentos.

Como está formada sua equipe de treinamento?

Minha equipe aqui no Brasil, é formada pelos meus treinadores e meus parceiros de treinamento/Sparring, conto com a ajuda dos treinadores, Atila “Cebola”Rodrigues, Miguel de Oliveira e do Juan Díaz, para Sparring, conto com a ajuda do Irineu Beato, Jayme Danko, Hairton Campos e do Rômulo Silva, fora eles, tenho a ajuda de mais pessoas, o Dr. Roberto e o Dr. Rodrigo Marcondes na parte Odontológica, meu Manager da Inglaterra Mickey Helliet e Adriano “Pipoca”dos Santos, meus promotores no Brasil Mike Miranda e Mike Miranda Jr., tem também preparador físico “Cebola” e claro, os meus patrocinadores, Colonial Rodas, o Bar Vaca Veia, a lanchonete/restaurante Joakins, Ellite Tour, Sapatos Naka, ao Bertollucci, a equipe Cebola Boxe Team e Juan Diaz Boxe, sem eles nada seria possível, todos eles, equipe de treinadores, doutores, patrocinadores e companheiros de treino são fundamentais para minha preparação.

eder-raphael

Éder Jofre e Raphael Zumbano.

Quais são os seus ídolos no Boxe?

Meus ídolos maiores são meu avô Ralph Zumbano e meu primo Éder Jofre, mas sou muito fã hoje em dia do Floyd Mayweather, na minha opinião o melhor peso a peso do mundo, Bermane Stiverne, ex-campeão mundial peso pesado do WBC e grande parceiro de treino em Las Vegas, que vai voltar a ser campeão, GGG, Miguel Cotto, Popó, Manny Pacquiao, dentre outros grandes nomes no BOXE mundial.

Você gosta de futebol? Para qual time você torce?

Futebol é uma paixão mundial e não nacional, portanto eu gosto sim, já gostei muito mais, mas gosto de futebol, sou torcedor da Sociedade Esportiva Palmeiras.

Deixe uma mensagem para seus fans.

Quero pedir que continuem me apoiando, torcendo por mim, mandando boas vibrações e tenham certeza, estou fazendo a minha parte e sei que chegarei a meu objetivo, chegarei ao Título Mundial, muito obrigado por tudo e fiquem com Deus.

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Escrito por Márcio Reginatto



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