Conheça Ricardo “Alemão” Prasel: Campeão do Aspera FC que está bem próximo do cenário mundial

De goleiro do Chelsea a campeão de MMA, conheça a história do lutador que está invicto no esporte

Ricardo “Alemão” Prasel conquistou o título do Aspera FC, o maior evento de MMA do Brasil, e está perto de mostrar o seu talento para o mundo, já que está bem próximo de assinar contrato com uma das principais organizações do planeta. Ele despertou interesse do Bellator e também do poderoso UFC.

Para conhecermos mais sobre a fera, o Nocaute na Rede entrevistou o lutador, que contou tudo sobre seu último triunfo.



“Foi muito bom a oportunidade de lutar no maior evento do Brasil que é o Aspera FC, contra um atleta duro que é o gaúcho Edison Lopes, um cara muito gente boa por sinal. Me preparei muito para a luta, foram 3 meses fora da minha casa em treinamento intenso para chegar ali e sofrer o menos possível durante a luta. Me preparei muito, acho que o resultado não poderia ser outro a não ser a vitória. Foi uma luta que eu aguardei muito, até pelo retorno que ela iria me trazer. Eu lutei com o cara que estava em primeiro no ranking, então foi uma vitória que trouxe uma coisa legal para mim, e agora com certeza vão se abrir novas portas.” – Disse ele.

Na luta que rendeu o título, Ricardo Prasel conseguiu uma chave de perna com apenas 42 segundos e saiu com a vitória no primeiro round. O lutador contou que se preparou para lutar todos os rounds, mas a vitória rápida não foi surpresa.

“Com todo o respeito ao Edison, que é um grande atleta, mas eu entrei para isso. Entrei para resolver logo, provar o meu valor e o meu mérito, e  realmente já esperava por isso. As minhas oitos lutas passadas tinham sido da mesma forma [decididas no primeiro round] e eu esperava que esta fosse assim também. Lógico que eu estava preparado se precisasse lutar todos os rounds, mas eu esperava acabar com a luta rápido.”

O triunfo no Aspera FC pode ter sido um grande passo para o lutador chegar ao UFC e Ricardo Prasel afirmou que já se sente preparado para entrar no octógono mais famoso do mundo.

“Eu acredito estar pronto, espero que se concretize este fato. Já havia algumas especulações e agora espero que isso se torne realidade na minha vida, espero muito por isso, e com certeza vou buscar mais evolução para entrar pronto para lutar seja qual evento for.”

Ainda sobre o UFC, Ricardo aguarda um acordo entre a organização e seu empresário. Se tudo ocorrer bem, sua próxima luta já pode acontecer no Ultimate.

“Isso já é uma coisa que não depende somente de mim, depende do meu empresário e eu estou no aguardo. Confio muito nele e tenho certeza que ele vai fazer a coisa certa. Eu acredito que a próxima luta poderá sim acontecer pelo UFC, dependendo de como as coisas vão ser resolvidas.”

Caso o contrato seja firmado, o atleta disse que pretende crescer na organização e não possui preferência por adversário.

“Não tem ninguém que eu queira muito, eu quero apenas crescer na organização, este é meu principal objetivo. É muito difícil entrar e se manter, então eu quero me firmar no evento, me tornar uma pessoa conhecida e ter um retorno massa lá dentro. Não penso em quem enfrentar, quem eles colocarem eu luto. Meu maior objetivo mesmo é crescer dentro da organização.”

Além do UFC, o Bellator também pretende contar o atleta. Ele não descartou a possibilidade e aguarda posição do seu empresário para selar o futuro.

“Houve uma conversa com eles também [Bellator], com certeza ela não é descartada, como disse vou deixar nas mãos do meu empresário, que é um cara que eu confio muito, e tenho certeza que ele vai fazer o melhor.”

Em sua trajetória como atleta, o mais curioso é que a luta não foi seu primeiro esporte. Ricardo Prasel chegou a ser goleiro profissional, onde atuou por times como Atlético-PR e Joinville, até chegar a Inglaterra para defender o Chelsea. Entretanto, uma lesão acabou frustrando sua carreira no campo de futebol.

“Eu jogava futebol desde meus 5 anos de idade. Com 14 fiz teste no Atlético-PR, fui aprovado, fiquei lá por aproximadamente 1 ano. Depois fui para o Joinville, fiquei 2 anos e meio e fui para o Juventus-SP. Depois fui para a Europa, joguei no Chelsea da Inglaterra, e também no Royal Football Club de Liège, na Bélgica. Encerrei a carreira porque tive algumas lesões no quadril de bursite, e depois virou uma bursite cronica. Não consegui manter o mesmo nível, o mesmo rendimento, acabei perdendo espaço e chegou um momento que eu acabei desistindo e voltei ao Brasil.”

Seus tempos de goleiro até hoje reflete em sua carreira como lutador. Ele contou que parte de suas habilidades se deve aos treinamentos no futebol.

“Além da parte física, o treinamento que a gente fazia, a velocidade, agilidade, contribuiu muito, principalmente no Jiu-Jitsu, a minha movimentação de chão, eu como goleiro tinha que ficar levantando rápido, fazer giro de quadril, e nas lutas eu uso muitos recursos parecidos, então o futebol me ajudou muito também.”

Ricardo Prasel contou como foi sua entrada para o mundo da luta. De acordo com ele, uma simples olhadinha sem compromisso acabou se tornando uma grande paixão.

“Comecei a lutar por incentivo do meu irmão em 2011, mas só com Jiu-Jitsu, e em 2012 estreei no MMA. Eu ainda não praticava nenhuma outra arte marcial além do Jiu-Jitsu, eu fui só pra ver como era e já entrei direto no profissional, nunca lutei no amador, nunca tive essa transição que a galera faz. Fui só ver como era, acabei lutando no profissional e ganhei. Mas só fui voltar a lutar em 2014, que foi quando realmente me despertou um interesse, porque eu vinha de uma série de vitórias em campeonatos de Jiu-Jitsu, e queria algo a mais para mim, e foi ai que eu passei a lutar MMA e treinar outras modalidades.”

Por fim, ele deixou agradecimentos as pessoas que estão com ele nesta caminhada rumo ao sucesso.

“Quero agradecer a toda minha equipe, aos meus treinadores, a minha equipe Alemão Brothers, Strikers House, ao meu irmão Rafael Prasel, minha mãe Marilene, Rafael Waslov, que é um dos meus treinadores lá de Curitiba, e ao meu falecido pai, que é por ele que eu luto até hoje, além dos meus patrocinadores.”



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Carioca, 19 anos, estudante de jornalismo e apaixonado por esportes.
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