Cozinheiro, Fernando Bruno troca as facas pelas luvas em busca do título do TUF Brasil 4

Atleta da Nova União faz uma das finais da quarta edição brasileira do programa neste sábado, dia 1 de agosto, diante de Glaico França, no UFC 190, no Rio...

Atleta da Nova União faz uma das finais da quarta edição brasileira do programa neste sábado, dia 1 de agosto, diante de Glaico França, no UFC 190, no Rio de Janeiro.

A história do carioca Fernando Bruno se confunde com a trajetória de milhões de brasileiros que não conseguem viver só do esporte que praticam hoje no país. Finalista da quarta edição do TUF Brasil, pela divisão dos leves (até 70,3kg) e cozinheiro de um tradicional hotel no Rio de Janeiro há 14 anos, Fernando sempre conciliou o trabalho com os treinos na academia Nova União. Neste sábado, dia 1 de agosto, no UFC 190, ele enfrenta o catarinense Glaico França em duelo que vale o título do TUF Brasil 4, e para isso contou com todo o apoio do hotel onde trabalha para focar somente nos treinos até o duelo.



Fernando Bruno faz uma das finais do TUF Brasil 4 diante de Glaico França (Foto: Felipe Fiorito/Garra Comunicação)

Fernando Bruno faz uma das finais do TUF Brasil 4 diante de Glaico França (Foto: Felipe Fiorito/Garra Comunicação)

Hoje com 33 anos, Açougueiro, como ficou conhecido no programa, iniciou nas artes marciais ainda criança, aos 9 anos, praticando judô. No final da adolescência migrou para o jiu-jitsu e viu nascer os primeiros passos para se tornar um lutador profissional ao ser levado pelo seu professor na época, Orlando Araújo, para treinar na academia Nova União, comandada pelo líder Dedé Pederneiras. Mas as dificuldades de fazer renda como lutador fizeram o carioca abandonar os treinos e começar a trabalhar na cozinha do Hotel Pestana, localizado em Copacabana, Zona Sul do Rio de Janeiro, onde permanece até hoje.

O longo tempo longe do tatame não foram suficientes para Fernando desistir e em 2008 ele voltou à Nova União, onde passou a treinar pesado, dar aulas de jiu-jitsu e conciliar as atividades com o trabalho de cozinheiro. “Foi muito difícil chegar até aqui. Durante os últimos anos todos tive que me desdobrar para conciliar a vida de cozinheiro com a de lutador. Trabalhando de manhã no hotel, dando aulas de tarde e treinando à noite o que dava para treinar. Batalhei muito para conseguir uma chance no esporte e agora que ela chegou não posso nem pensar em desperdiçar. O hotel me liberou para focar só nos treinos durante esse tempo e só tenho que agradecer a eles”, afirma o carioca que tem um cartel de 15 vitórias e apenas duas derrotas.

A chance a que Fernando se refere foi a participação no The Ultimate Fighter Brasil, reality show do UFC, que realizou sua quarta edição este ano. Após passar pelas seletivas, Fernando derrotou Bruno Murata por finalização para ingressar na casa junto com outros 15 participantes pelas divisões dos galos e dos leves. Dentro do programa, que nesta edição teve a cidade de Las Vegas como palco e Mauricio Shogun e Rodrigo Minotauro – substituindo Anderson SIlva – como técnicos, o carioca despachou Adilson Fernandes e Nazareno Malegarie por decisão unânime dos juízes para se credenciar à final diante do catarinense Glaico França.

“A experiência no TUF foi sensacional. Eu sempre sonhei em entrar no UFC e sabia que não poderia deixar essa chance passar. Foram muitos aprendizados na casa, ser comandado pelo Anderson Silva, depois pelos irmãos Nogueira, e conseguir corresponder com vitórias é algo que nunca vou esquecer. Agora o foco é total no Glaico, um cara que eu virei amigo lá dentro, mas a amizade ficará um pouco de lado e vou em busca da vitória”, afirma.

O atleta da Nova União concillia o trabalho como cozinheiro com os treinos (Foto: Felipe Fiorito/Garra Comunicação)

O atleta da Nova União concillia o trabalho como cozinheiro com os treinos (Foto: Felipe Fiorito/Garra Comunicação)

Adversário da final fazia papel de nutricionista dentro da casa do TUF

Rival de Fernando na disputa pelo título de campeão do TUF Brasil 4 pela divisão dos leves, Glaico França tem 24 anos e possui um total de 15 lutas na carreira, sendo 12 triunfos. Especialista na luta de chão, assim como Açougueiro, o catarinense de Balneário Camboriú exercia um papel curioso no programa: ele fazia a função de nutricionista dos atletas.

“O Glaico é um garoto muito esforçado, totalmente do bem e lá na casa era o nutricionista da galera, ajudava a controlar o peso do pessoal, o que comer e o que não comer. Isso acabou criando uma afinidade legal entre a gente”, afirma Fernando, analisando o jogo do rival, cerca de 15cm mais alto.

“Nossos jogos são bem parecidos, nós dois preferimos a luta no chão e acho que por isso a trocação vai ser o diferencial desse combate. Eu acho que sou superior a ele em tudo e tenho que tomar muito cuidado com a entrada nas pernas, que é sua principal arma, e tentar encurtar a distância por causa da diferença de envergadura. O normal seria levar a luta para o chão, mas por ele ser bom nas quedas, vou tentar defendê-las e pressioná-lo em pé. Se tiver que ir para o chão, o objetivo passar a ser cair por cima para finalizar a luta”, confia.

Além do embate entre Fernando e Glaico, o UFC 190 conta com a outra final do TUF Brasil 4, pela divisão dos galos (até 61,2kg), entre Dileno Lopes e Reginaldo Vieira. Nos dois duelos principais da sétima edição do Ultimate no Rio de Janeiro, o técnico do time vermelho no programa, Mauricio Shogun, enfrenta o auxiliar técnico do time azul Rogério Minotouro no co-main event da noite, enquanto a campeã dos galos Ronda Rounsey bate de frente com a desafiante Bethe Correia no combate mais importante do show. Claudia Gadelha enfrentando Jéssica Aguillar e Antonio Pezão encarando Soa Palelei são os outros destaques do evento.

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