Mais um Mundial foi pra conta. Responsável por grandes momentos na história do jiu-jitsu, o evento, que esse ano chegou a sua 21ª edição, ocorreu entre os dias 2 e 5 de junho, na Pirâmide de Long Beach, Califórnia, trazendo grandes combates, algumas surpresas e a consagração de Marcos Buchecha, agora tetracampeão mundial absoluto.
Fim de semana dos faixas-preta
Domingo foi o dia dedicado as disputas pelos títulos na faixa-preta. Os confrontos tiveram início por volta das 14h (horário da Califórnia), com exceção do peso-médio, que tiveram as lutas iniciadas ainda no sábado.
Na categoria galo, Bruno Malfacine conquistou seu oitavo título mundial ao bater Caio Terra por duas vantagens a zero, após empate em 0x0 no placar. Um feito inédito, o que tornou Malfacine o recordista de títulos mundiais em uma mesma categoria de peso.
Já nos plumas, Paulo Miyao vinha defender o posto de atual campeão contra um Ary Farias voltando as competições após um tempo dedicado ao MMA. No final, o pequeno oriental conquistou o bicampeonato após raspar Ary e garantir a vitória por 4 vantagens a 2. De quebra, Paulo recebeu no topo do pódio um cheque no valor de 15 mil dólares dado ao melhor faixa preta da temporada.
A primeira grande surpresa do dia veio entre os Penas. Disputando seu primeiro mundial na faixa-preta e recuperado de uma lesão no joelho, Márcio André teve que percorrer um dos caminhos mais complicados dentre as disputas do torneio. Ele precisou bater os já consagrados Bruno Frazatto e Rubens Charles “Cobrinha” para conquistar seu lugar na final contra o pentacampeão mundial, Rafael Mendes.
No confronto, um show de raspagens fez com que a luta terminasse em um apertado placar de 8×8, porém, o título ficou nas mãos de Rafa Mendes que venceu nas vantagens por 2×1.
Nos leves, a final ficou entre o novato na faixa-preta Edwin Najmin e o experiente Lucas Lepri. A experiência de Lepri pesou ao conseguir abrir 12×0 no placar e finalizar o prospecto americano nos últimos segundos, o que garantiu mais um título mundial na bagagem.
Entre os médios, mais uma surpresa. Tida como uma das categorias mais difíceis e volumosas do evento, o peso-médio teve a chegada do recém graduado Gabriel Arges que ignorou as dificuldades e quebrou a banca ao conseguir finalizar o veterano e atual campeão Cláudio Calasans e Marcos Tinoco, fechando a final com o parceiro de Gracie Barra, Otávio Souza. O título ficou com Otávio, assim conquistando seu tri-campeonato.
Aposentadoria
A maior surpresa de todas ficou por conta da final dos meio-pesados. Em cima do tatame, dez títulos mundiais, seis deles nas costas da lenda da arte suave Rômulo Barral. Do outro lado do tatame, Leandro Lo, o prospecto atleta que já vem ganhando status de estrela do esporte, tinha a missão de derrotar o homem que o teria inspirado em seu jogo de raspagens.
Na disputa, Lo conseguiu raspar e passar a guarda de Rominho, vencendo a disputa por 5×0. Ao fim da luta, um Rômulo Barral emocionado, amarrou sua faixa preta na cintura de Leandro Lo, indicando a sua aposentadoria de mundiais e o fim de uma era vitoriosa dentro do esporte.
Pesado e superpesado
Nos pesados, André Galvão cravou seu nome e o tetracampeonato ao derrotar Jackson Souza na decisão dos árbitros, após empate em 2×2.
A disputa no superpesado ficou entre Léo Nogueira e Luiz Panza. Em duelo acirrado, o ouro ficou com Léo que derrotou Panza por 2×0 nas vantagens após um empate sem pontos.
A consagração de Buchecha
Após ficar de fora do último mundial por conta de uma lesão, Marcos Buchecha veio para a disputa esse ano com fome de título. Apontado como um dos maiores na história do esporte, Buchecha conquistou o ouro na categoria ao finalizar James Puopolo com um arm-lock partindo das costas logo aos 3 minutos de luta.
Na disputa do absoluto, tensão. Entre nomes como Keenan Cornelius, Felipe Preguiça e Bernardo Faria, Buchecha conseguiu chegar à final contra um determinado Erberth Santos. Durante o duelo, Buchecha conseguiu aplicar uma queda nos segundos iniciais, saindo na frente no placar, que permaneceu o mesmo durante quase toda a luta.
Faltando um minuto para o fim do confronto, Erberth conseguiu raspar Buchecha e arrancar o empate, mas nos últimos segundos, Buchecha provou por que merece ser chamado de o melhor atleta dessa geração, conseguindo capotar e cair por cima de Erbeth Santos, terminando a luta com a vitória por 6×4 no placar e uma conquista surpreendente do tetracampeonato mundial absoluto.
Com mais um mundial finalizado, fica a expectativa de quais as surpresas, histórias e novos talentos que o torneio nos guarda para o ano que vem. E ai, algum palpite?
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