Edson Barboza, impecável, mostra que tem futuro nos 66kg

Foi a segunda luta do brasileira pela divisão peso-pena
Edson Barboza respira aliviado pela vitória no UFC Fight Island 5 (Credits: Getty Images)

Neste sábado, 10 de outubro, Edson Barboza teve uma atuação impecável e venceu o finlândes Makwan Amirkhani por decisão unânime No UFC Fight Island 5, na “Ilha da Luta”, em Abu Dhabi. O brasileiro conseguiu pelo menos 4 knockdowns durante o confronto e defendeu muito bem as quedas. Caiu somente cerca de 3 vezes, em duas delas faltavam apenas 5 segundos para encerramento do round e quando passou mais tempo no solo, segurou bem o oponente e logo o juiz mandou os dois levantarem. De uma maneira geral, ele não passou nenhum perigo e controlou bem as ações. Com a vitória, atleta natural de Nova Friburgo respirou aliviado.

Isso porque Edson tinha 5 derrotas nas últimas 6 lutas. Tudo bem que pelo menos duas dessas não foram merecidas. Na última como peso leve, contra Paul Felder, e na primeira pelo peso-pena, contra Dan Ige, os combates foram parar nas mãos dos juízes e os resultados foram vitórias dos adversários por decisões divididas, o que foi muito contestado por fãs e especialistas do mundo do esporte. Mas o que vale são as decisões oficiais e assim o atleta praticamente lutava para não perder o emprego. E Barboza foi praticamente perfeito.



Os diretos lançados com a mão direita foram implacáveis, responsáveis pelos 4 knockdowns que já foram citados por aqui. A boa movimentação lateral, o preparo físico e os chutes, marcas já registradas no jogo dele, também foram muito bem utilizadas. E quando viu a oportunidade de uma finalização, também tentou não deixar passar. Aplicou um triângulo de mão, mas o adversário acabou saindo. E quando esteve em desvantagem no solo, por baixo de Amirkhani, no 3º round, não sofreu danos. Isso porque o rival, bastante desgastado, aproveitou o momento mais para descansar, recuperar o fôlego.

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Edson Barboza tentou finalizar Amirkhani com um triângulo de mão (Credits: UFC)

Com essa boa apresentação ele tirou, pelo menos momentaneamente, a corda que estava no pescoço. Na entrevista pós-luta, o brasileiro pediu algum top 5, local que hoje é composto por: 1) Max Holloway; 2) Brian Ortega;3) Zabit Magomedsharipov; 4) Zumbi Coreano; 5) Yair Rodriguez. Apesar do nome que tem na Organização e de sempre gerar combates bem divertidos e que agradam o público, dificilmente terá acesso a algum desses caras nesse momento, mas o futuro na divisão promete.

Isso porque os nomes que compõem o ranking, em sua maioria, optam pelo jogo de sair na mão, da pancadaria. Alguns até possuem algum conhecimento na luta agarrada, mas não curtem muito fazer esse estilo de luta. A única exceção é o americano Ryan Hall, vencedor do TUF McGregor vs Faber, que ocupa a 13ª posição. Esse já é o contrário, é firme e forte aplicador do jiu jitsu, não manja quase nada da área de striking. Então, nas próximas rodadas,  há promessa de boas lutas e alta chance de vitória.

Como melhores opções para os próximos duelos, Edson tem Sodiq Yusuff, 12º, que seria inicialmente seu oponente no evento de ontem, mas acabou substituído pelo Amirkhani. Jeremy Stephens (9º) e Josh Emmett (7º) também são bons nomes que adoram aquela pancadaria. Shane Burgos e Arnold Allen, respectivamente 10º e 8º, já deixam o jogo um pouco mais embaçado porque não são exclusivamente trocadores, mas nada que o brasileiro não consiga evitar. Calvin Kattar, 6º, dificilmente aceitaria enfrentar Barboza nesse momento. Isso porque ele correria um risco muito grande de derrota e não teria praticamente nenhuma recompensa se vencesse.

UFC: Edson Barboza derruba Amirkhani 4 vezes e vence a 1ª nos penas

O “direto” devastador de Edson Barboza foi responsável por aplicar 4 knockdowns no adversário (Credits: Getty Images)

Fato é que Edson mostrou bom desenvolvimento nos dois combates que fez até agora na categoria peso-pena. Quando ele anunciou que desceria para 66kg, muita gente, inclusive eu, acreditou que esse corte de peso o deixaria debilitado e afetaria suas performances, mas já está claro que não. Se mantiver o nível de sempre na trocação e com alguns ajustes nas demais áreas do jogo, certeza de que o lutador chega forte pelo menos pra ser integrante do top 5 da categoria. Mas e você, caro leitor, o que acha? Quem deve se o próximo desafio para o brasileiro? Até onde chegará nessa divisão: top 10? Top 5? Disputará o título? Será campeão? Deixe aí o seu comentário.

Texto e edição: Kaio Lima

 

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Pai, marido, neto, amante da família; filho de Deus; Graduando em Comunicação Social (Rádio e TV) na Universidade Federal do Maranhão; Editor chefe do Nocaute na Rede, sonha em seguir carreira na área esportiva; Redator nas seções de MMA nacional e internacional; Apaixonado por rádios, jornais, livros, podcasts, filmes, séries, comidas, esportes em geral (principalmente MMA, futebol e basquete); Praticante de MMA e muay thai;
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