Entrevista: Roberto Correa “Gordo”

Técnico do atual campeão dos leves do UFC, Roberto Correa, o “Gordo”, fala um pouco da sua trajetória no BJJ, o seu maior adversário nos tatames, Copa Cyclone, os...

Técnico do atual campeão dos leves do UFC, Roberto Correa, o “Gordo”, fala um pouco da sua trajetória no BJJ, o seu maior adversário nos tatames, Copa Cyclone, os tempos de Barra Gracie e confesso admirador de um bom churrasco.

Como foi o seu primeiro contato com o Jiu-Jitsu e quem foi o seu primeiro professor? 



Eu cresci no “Quebra-Mar” (Barra da Tijuca), onde moravam o Renzo, Ralph e o Ryan (família Gracie). Estudei com o Ralph no primário. Aos 15 anos comecei a ter contato com o jiu-jítsu, na academia Barra Gracie e meu primeiro professor foi o Carlos Machado (soneca).

Você é conhecido por um apelido que não condiz hoje com o seu tipo físico. Como nasceu o codinome “Gordo”? 

É meu apelido de família. Eu nasci muito gordo e meu irmão mais velho me chamava de gordo. Ninguém do jiu-jítsu me conheceu gordo!

Você é da época de ouro da Gracie Barra, com Draculino, Nino, Soca, Feitosa, Americano, Roleta e outros cascagrossas que marcaram as principais competições de Jiu-Jitsu dos anos 80 a 2000. Como era o convívio e os treinos diários entre vocês? 

Muito bom! Era ótimo treinar todos os dias em alto nível!

Equipe de Roberto Correa, a Gordo JJ.

Equipe de Roberto Correa, a Gordo JJ.

O competidor Roberto “Gordo” ficou muito conhecido e especialista pela invenção da meia-guarda, mas poucos sabem o motivo pelo qual você lutava nesta posição. Pode explicar como surgiu a guarda? 

Veio depois de uma lesão no joelho (ligamento cruzado ), ainda na faixa preta, e isso me impossibilitava de movimentar a perna direito, e eu comecei a treinar de lado, fazendo meia-guarda até a hora que eu via que tinha que atacar e foi surgindo naturalmente. Nunca pensei em inventar nada, só estava tentando lutar com as armas que me sobraram. 

Discorra um pouco sobre os seus principais títulos no BJJ? 

Fui campeão brasileiro algumas vezes e uma no absoluto. Panamericanos (seis vezes) contando as que eu fechei com algum companheiro de treino e mundial (duas vezes), sendo que uma eu fechei com o “Roleta”.

Quem foi o competidor que mais lhe deu trabalho em competições? E qual atleta de BJJ, da sua época ou da atual, que você, se ainda tivesse competindo, gostaria de enfrentar? 

Acredito que tenha sido o Wallid Ismail, pois lutamos várias vezes, em todas as faixas. Gostaria de ter lutado com Marcelo Garcia, pois é um dos melhores que já vi, com um jogo bem ofensivo. Não lutamos por ele ser bem mais novo!

Hoje, você tem a sua própria equipe, A Gordo BJJ. Como está o seu plantel de competição, filiais e resultados? 

Meu foco principal não é a competição, porém tenho vários competidores de alto nível.

Gordo com Rafael dos Santos UFC

Gordo com Rafael dos Santos UFC

Além de professor de Jiu-Jitsu, você também é técnico de um campeão do UFC. Como o atual detentor do cinturão dos Leves, Rafael dos Anjos, chegou até você e como é o treinamento dele sob sua supervisão? 

Rafael é faixa-preta do Caveirinha e veio treinar comigo há 10 anos atrás, quando resolveu lutar MMA. Na época eu era Head Coach da equipe de MMA da Barra Gracie. Hoje ele mora na Califórnia e nós mantemos o contato, treinando juntos sempre que podemos e eu chego a casa dele 40 dias antes das lutas, e ficamos o tempo todo juntos!

Você também organiza um dos campeonatos mais tradicionais de BJJ no Rio de Janeiro, a Copa Cyclone, como estão os preparativos para a edição de 2015? 

É um campeonato tradicional no Rio de Janeiro e vai ter a próxima edição agora em outubro, é uma competição que todos esperam por ela, no segundo semestre.

Trocação com Roberto “Gordo” Correa

Se não fosse o Roberto Correa do Jiu-Jitsu, você seria… 

Frustrado. 

Gracie Barra e Carlos Gracie JR na sua vida são… 

Barra Gracie foi onde eu treinei a minha vida toda e aprendi tudo que sei no jiu-jítsu. Carlinhos foi uma pessoa que me ensinou muito, no tatame e fora dele!

Me orgulho de… 

Poder viver e sustentar a família fazendo o que eu amo, dando aula de jiu-jítsu .

Música: 

Pai (Fábio Jr)

Gastronomia:

Adoro comer! Experimentar coisas variadas, mas um churrasco e imperdível.

Livro: 

Semente da Vitória (Nuno Cobra)

Recado final aos internautas e seguidores do NOCAUTE NA REDE!

Jiu-jítsu para sempre!

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Escrito por André Vieira Ribeiro



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