Entrevista: Rodrigo Medeiros (Comprido)

Conhecido como “Comprido”, o faixa-preta de Jiu-Jítsu, Rodrigo Medeiros, fala para o Nocaute na Rede sobre a sua trajetória na arte-suave, o início da sua antiga equipe, a Aliance,...

Conhecido como “Comprido”, o faixa-preta de Jiu-Jítsu, Rodrigo Medeiros, fala para o Nocaute na Rede sobre a sua trajetória na arte-suave, o início da sua antiga equipe, a Aliance, a vida fora do Brasil e comenta o desafio com um dos discípulos da Família Gracie.

(Foto: acervo pessoal/Facebook)

(Foto: acervo pessoal/Facebook)

Como foi o seu primeiro contato com o Jiu-Jítsu? 



Quando eu tinha nove anos, me tornei amigo do Léo Vieira (Checkmat) que já treinava. Alguns anos depois, treinei por poucos meses, mas não gostei muito. Só quando eu já tinha 16 anos, fui convencido pelo meu primo Mauricinho a tentar mais uma vez. Foi então que me apaixonei pelo esporte. Aí já se vão 22 anos.

Você foi testemunha do nascimento da Aliance, que surgiu no cenário do BJJ como uma grande força do esporte. Como foi o inicio desta equipe e como era a relação entre as lideranças e seus competidores? 

A ideia de formar uma equipe entre amigos foi muito boa. No início, o relacionamento entre todos era bom, mas com o passar dos anos, muitos fundadores foram deixando a equipe e a liderança foi se tornando confusa. Tivemos muitas coisas boas dentro da equipe, mas em determinado momento percebemos que o melhor a fazer era sair e criar nosso próprio time.

Como competidor, você subiu diversas vezes no lugar mais alto do pódio. Quais os principais títulos conquistados na sua trajetória esportiva? 

Os dois títulos Mundiais Absolutos foram os mais importantes, sem sombra de dúvida. Eu consegui conquistar vários títulos Panamericanos, Nacionais e Estaduais. E ainda estou correndo atrás para aumentar minha coleção.

Rodrigo Medeiros Comprido vence Roleta

Rodrigo Medeiros Comprido vence Roleta (Foto: acervo pessoal/Facebook)

Qual foi a luta mais difícil da sua carreira? 

 Tive a oportunidade de enfrentar oponentes fenomenais! Alguns, eu perdi, e outros venci, mas sem dúvida o meu maior adversário sou eu mesmo. É muito difícil se manter motivado, atualizado e bem preparado por tantos anos. Se eu não me vencer diariamente, a coisa não funciona.

Você, juntamente com outros amigos de tatame, se desligou da Aliance pra formar uma nova equipe, a BRASA… Como foi o encerramento de um ciclo e iniciar outro, com uma nova concepção? 

Foi bastante doloroso para nós tomarmos a decisão de sair da equipe que ajudamos a criar e que defendemos tantas vezes no tatame. Mas foi o fim de um ciclo que acabou e hoje tenho certeza absoluta que sair da Aliance foi uma das melhores decisões que tomei na vida!

Há algum adversário que você daria uma revanche ou gostaria de lutar, seja pela primeira vez? 

Gosto de desafios e de lutar com oponentes de alto nível, fiz duas lutas há pouco tempo com uns dos melhores da modalidade: Saulo Ribeiro e Roger Gracie. São lutas assim que eu quero continuar fazendo.

Há pouco tempo, você lutou com o Roger Gracie numa luta casada e seu adversário levou a melhor. Realmente, lutar com um Gracie é diferente?

O Roger não me venceu por ser um Gracie. Ele me venceu porque sempre treinou muito. Sempre se preparou bem. Nascer na família A ou B não te garante sucesso, pode até ajudar, mas no BJJ só se alcança o sucesso com muito treino e dedicação.

Você já está há alguns anos fora do Brasil ministrando aulas, aonde é a sua matriz e como é essa experiência fora do país de origem? 

Estou morando em Chicago há oito anos e tenho minha academia www.compridobjj.com  em Bloomingdale. Quando não estou viajando é lá que eu estou. Eu e minha família estamos bem adaptados e felizes. Tudo dando certo para nós. Neste final de semana vamos tentar nosso oitavo título por equipes do Chicago Open e depois estarei embarcando para Cancun onde estarei com o Felipe Costa e Rômulo Barral para o Brazilian Black Belt Camp. 

Se o Rodrigo Medeiros não fosse o “Comprido do BJJ”, você seria…

Boa pergunta… Não sei te responder! Vivo o Jiu-Jitsu há tanto tempo que me formei em Educação Física para me tornar um professor melhor, meu único hoby é o Jiu-Jítsu. A grande maioria dos meus amigos é do BJJ. É uma pergunta que fico feliz em não saber a resposta!

Recado final aos internautas seguidores do NOCAUTE NA REDE! 

Muito obrigado pela oportunidade de falar com vocês e se eu puder dar um conselho para a galera que gosta de JJ de verdade:

Mudar de faixa não pode ser o seu objetivo e sim a consequência do seu trabalho e dedicação. O seu objetivo tem que ser acumular conhecimento sempre, procurando melhorar o que já sabe, aprendendo coisas novas.  Grande abraço!

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Escrito por André Vieira Ribeiro



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