Você recebeu uma pessoa para uma aula experimental na sua academia. E agora?
A maioria dos professores conduzem a aula experimental começando pelo básico da arte em questão. Começando pelos primeiros fundamentos, constroem a fundação para o conhecimento que virá no futuro.
E eles não estão errados. Afinal de contas, provavelmente a maioria das pessoas que chegam na sua porta para a primeira aula eventualmente se matriculam.
Mas e aquelas que não se matricularam? Com certeza você deve se lembrar dos indíviduos que treinaram um dia com você, só para nunca mais aparecer.
A partir das dicas a seguir, você pode poderá facilmente garantir a matricula das pessoas que, apesar da qualidade dos treinos que você oferece, teriam acabado por não voltar.
1 — SEJA MENOS PROFESSOR, E MAIS VENDEDOR.
É importante você entender que a pessoa que está fazendo uma aula experimental na sua academia ainda não é seu aluno. Tão pouco é praticante da arte marcial que está treinando.
Tratar essa pessoa como aluno seria o equivalente a um vendedor de carros ler o manual de instruções do veículo para o cliente durante o test-drive.
Claro que são informações importantes, apenas não são relevantes para a pessoa naquele exato momento.
O objetivo da aula experimental deve ser apresentar a modalidade para o pessoa, mostrando quem ela pode se tornar se adotar a prática.
Uma vez que a pessoa se tornou aluno, é então o momento de introduzi-lo ao processo árduo e longo da transição para um artista marcial.
2 — ENTENDA OS OBJETIVOS E MOTIVAÇÕES DA PESSOA.
É importante o professor ser capaz de identificar quais são as razões que motivaram a pessoa a começar a treinar.
Existem aquelas pessoas que se inscreverem em uma aula de lutas porque querem emagrecer, ou procuram apenas um estilo de vida mais saudável.
Existe também aqueles que procuram uma arte marcial porque tem interesse na modalidade, e também aqueles cujo principal objetivo é aprender a se defender.
Sem falar nos que já são atletas, e procuram uma nova casa para continuar seguindo o caminho que já vem traçando.
O importante é saber identificar cada tipo de perfil, e garantir que a sua academia é vai entregar exatamente o que eles procuram.
A lógica é simples: se você encontrou o que procura, não tem porque ir procurar em outro lugar.
3 — OFEREÇA UMA SOLUÇÃO PARA OS PROBLEMAS QUE A PESSOA LEVANTAR.
O ser humano, por natureza, não gosta de sair da zona de conforto. Ele não gosta de fazer exercício, e tem medo do desconhecido.
O que diferencia um atleta de um sedentário, é que o atleta aprendeu a vencer as suas vontades naturais através da disciplina.
Quem (ainda) não tem disciplina, como grande parte de quem está começando a esquentar a ideia de entrar para uma academia, tem o hábito de inventar desculpas.
É o problema no joelho, é a falta de tempo e até mesmo o futebol de quarta feira.
Se conseguíssemos produzir tantas de desculpas para ir treinar, ao invés de o contrário, viveríamos numa nação de super-atletas.
É portanto do se maior interesse estar preparado para ouvir e, mais importante, anular as desculpas e problemas que forem levantados.
Um empurrãozinho final, muitas vezes, é o que resta.
4 — OFEREÇA, ANTES DE MAIS NADA, UMA AULA DIVERTIDA.
Antes de mais nada, você deve ser colocar no lugar do aluno que está fazendo a aula experimental.
Essa pessoa que tem zero conhecimento sobre o que está fazendo, está se divertindo com as tarefas que recebeu?
Todos sabemos que as vezes, o treino não é diversão. Sabemos pois entendemos o que os treinos mais árduos nos proporcionam, e sabemos que vale a pena.
No entanto, é muito difícil explicar esse conceito para quem nunca sentiu na pele a satisfação de terminar um treino pesado e doloroso.
Lembre-se que nos primeiros anos da escola, as tarefas executadas são nada menos que atividades lúdicas, que antes de ensinar, instigam a curiosidade por aquilo que será estudado no futuro.
Portanto, antes de ensinar, é preciso despertar a vontade de aprender.
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