Inglês radicado no Brasil, Darren Till, lutador do UFC, bate um papo EXCLUSIVO com o Nocaute na Rede

No último dia 30 de maio, o inglês Darren Till fez sua estreia pelo UFC, nocauteando o brasileiro Wendell Negão, mesmo tendo apenas 10 dias para fazer sua preparação....

No último dia 30 de maio, o inglês Darren Till fez sua estreia pelo UFC, nocauteando o brasileiro Wendell Negão, mesmo tendo apenas 10 dias para fazer sua preparação. Se você ainda não conhece essa fera, melhor ficar de olho, porque o garoto de apenas 22 anos ainda tem muito para crescer, e promete agitar mais ainda a já concorrida categoria dos meio médios do Ultimate.

Foto: Raphael Marinho)

Foto: Raphael Marinho)

Darren Till nasceu em Liverpool. Aos 10 anos teve contato com o boxe. Aos 12, iniciou no muay thai, chegou a treinar algum tempo na Tailândia. Tentou ser jogador de futebol, era lateral direito, no entanto arrumava muitas confusões em campo, e assim foi aconselhado pelo pai a seguir mesmo pelo caminho das lutas.



Enquanto ainda morava em Liverpool, Darren acabou envolvido em uma confusão numa boate. Em meio a esta confusão, acabou levando duas facadas nas costelas, levando-o a ficar dois meses internado. Quando retornou aos treinos, foi aconselhado por seu professor a vir para o Brasil, treinar com Marcelo Brigadeiro, na Astra Fight Team, em Balneário Camboriú, Santa Catarina.

Apenas 6 meses, esse era o tempo que Darren Till viria passar no Brasil, mas ao conhecer Balneário Camboriú, o jeito de treinar e viver por aqui, preferiu não retornar à Inglaterra. Conheceu uma garota, que se tornou sua mulher, e hoje possuem uma filha (Scarlett Isabella Till).

Após fazer sua estreia pelo Ultimate, o lutador conversou com o Nocaute na Rede, falando sobre lutar no UFC, pressão da estreia, treinamentos em Liverpool, Brasil, Tailândia, retorno ao octógono, planos para o futuro e muito mais. Confiram.

Darren Till nocauteia Wendell Negão (Foto: Wildes Barbosa)

Darren Till nocauteia Wendell Negão (Foto: Wildes Barbosa)

Nocaute na Rede: Como surgiu o convite para ir lutar no UFC?

“Caiu a luta do Wendell com Tj Waldburger, em cima da hora. O UFC mandou um email para meu mestre, Marcelo Brigadeiro, querendo saber se eu queria lutar. Óbvio que eu peguei essa chance. Assim foi como surgiu meu convite”.

Nocaute na Rede: Normalmente, os lutadores quando estreiam pelo UFC acabam sentido uma pressão, ficam intimidados, não conseguem soltar o jogo. Você parece não ter sentido essa pressão. Foi isso mesmo? Como você se sentiu nessa estreia?

“Na verdade, acho que foi melhor para mim essa luta em cima da hora, porque assim eu não tive tempo para pensar no UFC, na luta, nesse monte de coisa. Foi muito pouco tempo para sentir essa pressão. Eu fiquei pensando ‘Ah, vou lutar né!?’, mas eu não senti a pressão, tenho ‘sangue frio’ quando entro na luta. Para mim, não há nada de diferente em cada luta. E com mais lutas no UFC, eu vou soltar mais o meu jogo, vocês verão ‘altos nocautes’.

Nocaute na Rede: Na maior parte da sua vida, você treinou em Liverpool. Qual a diferença entre o treinamento que é aplicado aqui (Brasil) e o que é aplicado lá? Quais os pontos positivos e negativos desses dois lugares?

“A diferença não tem muito não. Mas os pontos positivos daqui é que eu tenho mais foco, tenho uma família aqui, e todo dia para mim, é só treino, treino e treino. Aqui também tenho meu professor de luta livre (Marcelo Brigadeiro), e não é qualquer lugar que você encontra isso. Temos um professor de wrestling que foi ‘all american’, e temos muitos atletas em nossa academia, esses também são pontos positivos. Os pontos positivos de lá é que temos um jiu jitsu e wrestling muito bons. O mestre de muay thai de lá é muito bom, um dos melhores do mundo. Tem um instrutor muito bom, ringue, octógono, tatame muito grande, padaria dentro da academia, musculação, essas coisas. Ponto negativo do Brasil é que tem muita luta rolando em que você vê que o cara não está pronto para luta profissional, tem muito cara que fiz que é mestre mas não é, nunca fez nada e fica enganando às pessoas. Os pontos negativos em Liverpool, para mim, é que tenho muitos amigos, muitas coisas acontecendo, então acabaria perdendo o foco”.

Nocaute na Rede: Você treinou mesmo na Tailândia. Quais os aprendizados que você trouxe de lá, tanto no que diz respeito às artes marciais quanto para o seu dia a dia?

“Sim, treinei bastante na Tailândia, fiz bastante lutas lá. De lá eu trouxe a técnica melhor, a cabeça fortalecida. Lá eles respeitam muito o Deus deles, tem que respeitar os treinadores, muay thai pra eles é uma religião, tudo isso eu trouxe de lá”.

Nocaute na Rede: Quando será seu retorno ao octógono? Já tem alguma data prevista, algum adversário de sua preferência?

“Ainda não sei quando voltarei a lutar. Se o UFC chamar daqui 1 mês, estou pronto, se chamar daqui 6 meses, estarei pronto. Não tenho preferência por adversário, qualquer cara que eles me colocarem para enfrentar, vou nocautear ele. Daqui há mais algumas lutas, vou começar a chamar alguns lutadores que eu quero lutar. Quando eu entrar no top 10, óbvio que vou começar a chamar o campeão, porque eu nasci para ser campeão, estou lá para ser campeão e não só para ser alguém que estar lá apenas por estar”.

Nocaute na Rede: Falando em adversários, tem algum lutador, especificamente, em atividade, que você tem desejo de enfrentá-lo?

“Não. Como eu falei, qualquer lutador que colocarem na minha frente eu vou nocautear. Irei acabando com todo mundo até chegar a vez de enfrentar o campeão, daí vou nocautear ele também”.

Nocaute na Rede: Quais seus planos para o restante do ano?

“Meus planos serão treinar, evoluir, foco, dieta, manter a cabeça forte. Aguardar o UFC me chamar para lutar. Se me chamarem daqui 2 dias, eu vou lutar, se me chamarem dia 25 de dezembro, eu vou lutar, estou pronto. Luta, para mim, é religião”. 

Nocaute na Rede: Qual recado você tem a mandar para aqueles que ainda não te conhecem e também para aqueles que já são seus fãs.

“Ser lutador é muito difícil, há muito esforço do cara, e cada fã que eu ganho, ganha uma parte do meu coração, porque os fãs são tudo. Para os que ainda não me conhecem, pode esperar sempre lutas boas, nocautes. Para quem já é meu fã, muito obrigado pelo apoio, sem vocês não sou ninguém”.

 

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Entrevista e texto, por Kaio Teixeira Lima



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Pai, marido, neto, amante da família; filho de Deus; Graduando em Comunicação Social (Rádio e TV) na Universidade Federal do Maranhão; Editor chefe do Nocaute na Rede, sonha em seguir carreira na área esportiva; Redator nas seções de MMA nacional e internacional; Apaixonado por rádios, jornais, livros, podcasts, filmes, séries, comidas, esportes em geral (principalmente MMA, futebol e basquete); Praticante de MMA e muay thai;
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