Continuando a nossa coluna “INFINITAS FORMAS MAIS BELAS“, onde falamos no episódio anterior sobre Cristiane Cyborg: A primeira número 1.
O MMA feminino corria sérios riscos. Apesar de Cyborg proporcionar lutas divertidas e rápidas, um erro fatal levou o esporte ao limite do abismo. Em 2011, Cyborg foi flagrada no exame antidoping e sua luta contra a japonesa Hiroko Yamanaka foi declarada como No Contest.
O maior ícone do MMA feminino havia sido pego por trapaça, e os riscos eram mais do que claros à popularização do esporte. Dana White dizia que o MMA feminino jamais faria parte do maior evento do mundo e tudo parecia perdido.
Voltando à analogia da corrida de revezamento, Cyborg parecia cansada e precisava passar o bastão para alguém. Dessa vez, essa lutadora deveria ter um histórico de reconhecimento, deveria reunir o título de musa à uma incrível técnica e, principalmente, saber se promover. Só assim o esporte seria levado a outro patamar.
Felizmente, havia uma mulher que reunia tudo isso. Em meio a nuvens negras, uma luz surgia.
> A BONANÇA OLÍMPICA
Nos dias de hoje, quem nunca ouviu falar de Ronda Rousey? Essa mulher mudou a história dos esportes de combate feminino para todo o sempre. Medalhista olímpica no judô, Ronda finalizava todas que apareciam na sua frente. Reunindo sua beleza à sua técnica implacável, vencia adversárias que já sabiam exatamente o que ela ia fazer. A chave de braço é sua especialidade e é apenas questão de tempo para que a adversária seja pega dessa forma.
Depois de uma sequência de vitórias, Ronda teve sua chance ao cinturão do Strikeforce contra a já popular Miesha Tate. Após uma luta épica, venceu com sua maior arma e se tornou campeã do evento. Após uma defesa de cinturão bem sucedida, o inevitável aconteceu: o UFC iria inaugurar uma categoria feminina, e Ronda seria a embaixadora. Na edição de número 157, que ocorreu no dia 23 de fevereiro de 2013, Ronda faria sua estreia no Main Event contra a veterana de guerra Liz Carmouche.
Quem poderia imaginar que as mulheres ocupariam o principal espaço no maior evento de esportes de combate do mundo?
Ronda venceu Liz em uma luta dramática e até hoje vem destruindo suas adversárias. O MMA feminino já tem seu espaço no UFC e em vários eventos do mundo. Desde 2013, o telespectador tem o prazer de vê-las lutando no octógono e proporcionando belos espetáculos.
As mulheres, de infinitas formas mais belas, superaram mais uma barreira e, felizmente, a história do MMA feminino tem começo e meio, mas certamente não terá um fim.
Todos Episódios:
Cristiane Cyborg: A primeira número 1 [Capítulo III]
MMA Feminino: Efeito Carano – A Primeira forma bela [Capítulo II]
MMA Feminino: Infinitas formas mais belas [Capítulo I]
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Escrito por Víctor Bitancourt