Papo de Lutador: Nocaute na Rede entrevista Admilson Gobi, Campeão Panamericano de Jiu-Jitsu 2015. Confira!

Graduado em 2014 como Faixa Marrom, o  Mineiro de Mantenas, radicado no Espírito Santo-ES, Admilson Gobi já desponta no cenário mundial de Jiu-Jitsu na Faixa Marrom. Com uma breve...

Graduado em 2014 como Faixa Marrom, o  Mineiro de Mantenas, radicado no Espírito Santo-ES, Admilson Gobi já desponta no cenário mundial de Jiu-Jitsu na Faixa Marrom. Com uma breve e vitoriosa carreira, o lutador nos concedeu uma entrevista exclusiva. Confira!

NR: Admilson Gobi, como o Jiu-Jitsu entrou na sua vida?



AG: Comecei a praticar com a ajuda de um amigo que praticava na época (Hoje ele não pratica mais, infelizmente).

NR: O apoio familiar é sempre importante. Como sua família agiu diante de sua decisão de seguir como lutador de Jiu-Jitsu?

AG: Minha família inicialmente não apoiou, ….mas com o passar do tempo, vendo minha dedicação, disciplina e os resultados aparecendo, eles foram apoiando cada vez mais.

Gobi com sua mãe, Dona Dircinha

Gobi com sua mãe, Dona Dircinha. Foto: Arquivo Pessoal

NR:  Vemos que desde a época de Faixa Azul, você já despontava nos campeonatos. Como aflorou esse espirito competitivo e quando você viu que daria pra se dedicar ainda mais ao Jiu-Jitsu?

AG: Em um campeonato Mundial da IBJJF , na faixa azul, cheguei ao vice campeonato, lembrando que ate aquela época eu treinava apenas 3x por semana, e não fazia nenhum treino de musculação ou preparação física, ou seja, era algo tremendamente amador, e consegui chegar ao resultado de vice campeão mundial… Percebi naquele dia que se eu me dedicasse, poderia chegar a coloca coes otinas, lembrando que 4 meses depois desse evento (já estava treinando 5x na semana) consegui ser campeão peso e absoluto do pan americano NOGI da IBJJF …esse ano, foi 2011).

Gobi com Rickson Gracie, um de seus ídolos, no Mundial de 2011. Foto: Arquivo Pessoal

Gobi com Rickson Gracie, um de seus ídolos, no Mundial de 2011. Foto: Arquivo Pessoal

NR: Em 2014 eu te conheci na Copa Coyote, no Prado-BA, quando você ainda lutou como Faixa Roxa. Naquele campeonato você pontuou bastante em cima de seus oponentes e finalizou apenas a final. Era alguma estratégia?

AG: Eu lutei a Copa Coyote em 2014, como um aquecimento para o mundial daquele ano, estava fazendo treinos intensos, e estava na indecisão de algumas posições, então pensei em pontuar bastante para poder aperfeiçoar meu “time” das posições, quedas, passagens e raspagens… Para chegar afiado no mundial, que seria em menos de 30 dias.

NR: O Admilson Gobi de hoje, na Faixa Marrom, ataca muito as pernas, tendo conseguido bastante vitórias dessa forma. Foi uma mudança de jogo pensada ou o fato da faixa marrom te deu essa liberdade?

AG: Desde o inicio no Jiu Jitsu sempre tive uma boa visibilidade de pé/joelho, mas a chegada a faixa marrom me deu uma maior liberdade para tal. Como tenho uma boa defesa de pé/joelho, me sinto confortável ao fazer esses ataques.

Gobi em foto promocional para a Koral Fight. Foto: Arquivo Pessoal

Gobi em foto promocional para a Koral Fight. Foto: Arquivo Pessoal

NR: Como foi a preparação para o Panamericano 2015 nos EUA? E como foi o convite para treinar na Lloyd Irvin?

AG: A minha preparação para o pan foi feita no brasil, na equipe do Mestre Maguila com quem treino no Brasil. Equipe muito boa, onde tem ótimos atletas de faixa marrom e preta. O mestre Lloyd irvin apareceu em minha vida no inicio de 2014, e ele me convidou para treinar la juntamente com Erberth Santos. Fomos então para Maryland em Janeiro de 2014, onde tivemos uma divisão de águas, já que é uma equipe de americanos, onde ate então não existia nenhum brasileiro, foi uma sensação muito estranha, já que alem de ser uma equipe totalmente americana, eu não conhecia ninguém. Mas tudo foi muito bom, o mestre Lloyd e muito atencioso, sempre nos ajuda muito e nos proporciona sempre o profissionalismo do esporte. Ele sem duvidas é uma das pessoas que mais investem no Jiu Jitsu de alta performance.

Gobi com Lloyd Irvin (Centro) e com o parceiro Erbeth Santos. Foto: Arquivo Pessoal

Gobi com Lloyd Irvin (Centro) e com o parceiro Erbeth Santos. Foto: Arquivo Pessoal

 

NR: Desde a Faixa Roxa você possui patrocínios de grandes empresas. Qual a representatividade desses patrocínios em sua caminhada?

AG: Hoje possuo o patrocínio ativo da Koral Fight Company e da MHP. São grandes empresas e pioneiras em seus respectivos ramos. Fico muito feliz em ser o único atleta de Jiu Jitsu representando a MHP, e sendo um dos poucos atletas representando a Koral.

Campeão do Atlanta Open 2014. Foto: Divulgação Atlanta open

Campeão do Atlanta Open 2014. Foto: Divulgação Atlanta Open

NR: Desde que recebeu a Faixa Marrom, você disputou alguns campeonatos e tem sempre se saído vitorioso. Sentiu um peso diferente nas competições?

AG: A principio eu pensei que não teria diferença alguma da faixa roxa para a marrom. Literalmente teve alguma diferença. O tempo de luta é um pouco maior e tem atletas mais experientes, que já lutam na faixa marrom a alguns anos. Existem atletas que praticam Jiu Jitsu a 12-15 anos, sendo que eu pratico a apenas 6 anos, então, no geral teve uma dificuldade inicial, mas consegui me sobressair.

Campeão Panamericano 2015. Foto: Divulgação IBJJF

Campeão Panamericano 2015. Foto: Divulgação IBJJF

NR:  Você ainda é jovem e tem uma bela carreira no Jiu-Jitsu. Você pensa em migrar para o MMA em algum momento?

AG: Eu penso constantemente sobre isso, e pretendo sim. Meu jogo do Jiu Jitsu para MMA é interessante, já que troco queda e jogo por cima, mas tambem tenho uma boa guarda. É algo a se pensar, mas por enquanto não estou aberto a propostas de lutas.

NR: Qual o objetivo do Admilson Gobi no Jiu-Jitsu?

AG: Quero ser campeão mundial na faixa preta e fazer um nome de peso, como o Rodolfo Vieira, Marcus Buchecha e Rafael Mendes.

Campeão do NAGA, evento NOGI (Roxa, Marrom e Preta). Foto: Arquivo Pessoal

Campeão do NAGA, evento NOGI (Roxa, Marrom e Preta). Foto: Arquivo Pessoal

NR:  Em sua opinião, o que você acha que falta pro Jiu-Jitsu virar um esporte olímpico?

AG: Em minha opinião falta organização das confederações. Não tem como comparar a organização dos esportes olímpicos com o Jiu Jitsu, pelo menos não ainda.

NR: Espaço aberto para agradecimentos ou algum recado.

AG: Agradeço a todas as pessoas que me acompanham, que me ajudam e incentivam meu sonho de ser o melhor do mundo. Sinto que estou muito perto do que almejo. Fico feliz em dar essa entrevista e espero poder realiza-la novamente logo, com o titulo do mundial da IBJJF. Abraço a todos, osss!

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Escrito por Bruno Carvalho



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