Prévia e análise do UFC 195: Lawler x Condit

Neste dia 2 de janeiro, teremos o primeiro evento do UFC no ano. Assim como aconteceu em 2015, já teremos uma disputa de cinturão logo de cara. O UFC...

Neste dia 2 de janeiro, teremos o primeiro evento do UFC no ano. Assim como aconteceu em 2015, já teremos uma disputa de cinturão logo de cara. O UFC 195 traz Robbie Lawler na luta principal, colocando seu cinturão em jogo contra o desafiante Carlos Condit. No ‘co-main’ event, Andrei Arlovski e Stipe Miocic fazem um duelo de titãs. Além desses, o evento ainda conta com nome como o ressurgente e talentoso Lorenz Larkin, a pedreira russa Albert Tumenov, o campeão do TUF 14 , Diego Brandão, Michael McDonald e seu retorno ao MMA após mais de 2 anos sem lutar por conta de lesões, o agressivo Dustin Poirier, o talentoso irlandês Joseph Duffy (último algoz de Conor McGregor) e o ex desafiante ao cinturão dos pesos galos Joe Soto. Confira agora a prévia e a análise de alguns combates deste evento histórico.

Main Event: Robbie Lawler x Carlos Condit



(Foto: UFC)

(Foto: UFC)

Robbie ‘ruthless’ Lawler, 33 anos, especialista em boxe e wrestling. Possui um cartel com 37 lutas, 26 vitórias (20 nocautes, 1 finalização e 5 por decisão), 10 derrotas (1 nocaute, 5 finalizações e 4 por decisão) e 1 ‘no contest’. Já foi campeão peso médio de pequenos eventos como Icon Sport e Superbrawl. Foi também campeão do Elite XC e desafiante ao cinturão peso médio do Strikeforce. No UFC, além de atual campeão meio médio, ganhou 1 bônus de “Nocaute da Noite” logo na sua estreia e também retorno à maior Organização de MMA do mundo, além de 2 prêmios de “Luta da Noite”. Sua primeira e única defesa de cinturão até o momento, contra Rory McDonald, em 2015, pode ganhar um prêmio maior ainda. Ela é a mais forte candidata a ganhar o prêmio de “Luta do Ano” no World MMA Awards. Lawler também já recebeu o prêmio de “Nocaute do Ano 2010” pelo Sherdog.
Desde que retornou ao Ultimate, Lawler tem mostrado uma evolução espetacular, como poucos mostraram ou mostram. De lutador que brilhava apenas em eventos pequenos e medianos, mas que “pipocava” nos grandes eventos, o lutador passou a ser o mais perigoso meio médio. Agressivo, boxe afiado, mãos velozes e pesadas, “queixo” duro, defesa de quedas excelente, tudo isso somado às joelhadas e chutes altos – armas que foram pouco utilizadas por ele em seus últimos dois combates, mas que são perigosas demais se ele às colocarem em ação – fazem desse cara um adversário difícil de ser derrotado. 
Carlos ‘the natural born killer’ Condit, 31 anos, excelente ‘striker’ e finalizador. Possui um cartel de 37 lutas, 30 vitórias (15 nocautes, 13 finalizações e 2 por decisão) e 8 derrotas (1 nocaute, 3 finalizações e 4 por decisão). Foi campeão meio médio do extinto WEC e defendeu seu cinturão em 3 oportunidades, além de 1 prêmio de “Luta da Noite”. Pelo UFC, foi campeão interino dos meio médios enquanto Georges St Pierre esteve fora – quando o campeão linear GSP retornou, Condit o enfrentou, mas acabou sendo derrotado – e recebeu 6 bônus na Organização, sendo 4 de “Luta da Noite” e 2 de “Nocaute da Noite”. 
Condit é um ‘striker” perigosíssimo, dono de uma boa envergadura, muito boas combinações de socos e chutes, além de trabalhar muito bem às joelhadas e principalmente às cotoveladas. Mesmo não tendo mãos pesadas como seu próximo adversário, o lutador tem um volume de golpes muito intenso, o que culmina na sua maioria de vitória sendo por este tipo, nocaute.
Análise: Os dois lutadores até se parecem um pouco em seus estilos, agressivos e sanguinários. Lawler trabalha excelentemente o boxe, e faz boas combinações com socos e joelhadas. Condit tem um boxe razoável, mas seu ponto forte mesmo são os chutes. Trabalha muito bem as combinações começando com socos e terminando com chutes altos, as vezes sendo mais de um chute. Um fator que pode desequilibrar para o lado de Lawler é o seu grande poder de nocaute, mãos rápidas e afiadíssimas, além do “queixo” de pedra. Em favor de Condit, o que pode colaborar são suas famosas cotoveladas, algo que ele trabalha muito bem, além dos chutes altos . Para ajudar anda mais ‘the natural born killer’, na luta contra Rory, Lawler mostrou uma não eficaz defesa nesse tipo de chute, chegando inclusive a quase perder a luta após ficar “grogue”. Na luta em que tornou-se campeão, também mostrou uma grande deficiência em defender os chutes baixos, principalmente na parte interna da coxa. Contra um chutador de alto nível como esse atual desafiante, isso pode ser fatal. 
Opinião: Diante de tudo aqui que fora mostrado, o combate tem tudo para ser tenso, sangrento e disputadíssimo. A aposta, por sinal muito difícil, vai para Robbie Lawler, com uma vitória por decisão dividida.

Co-Main Event: Andrei Arlovski x Stipe Miocic

(Foto: Evelyn Rodrigues)

(Foto: Evelyn Rodrigues)

Andrei ‘the pitbull’ Arlovski, 36 anos, excelente ‘striker’ #2 da ‘heavyweight’ do UFC. Possui um cartel com 36 lutas, 25 vitórias (17 nocautes, 3 finalizações e 5 por decisão), 10 derrotas (8 nocautes e 2 por decisão) e 1 ‘no contest’. Em 2005, se tornou campeão peso pesado do UFC, defendendo seu cinturão em duas oportunidades. Desde que retornou ao Ultimate, em 2014, fez 4 lutas e venceu todas (2 nocautes e 2 por decisão), e também ganhou 2 bônus, ‘ de “Luta da Noite” e 1 de “Performance da Noite”. Arlovski é dono de um muito bom boxe e tem as mãos pesadíssimas. Somando isso à sua grande experiência de muitos e muitos anos no MMA, torna-se um oponente perigosíssimo.
Stipe Miocic, 33 anos, especialista em boxe e wrestling, #3 dos pesos pesados do UFC. Possui um cartel com 15 lutas, 13 vitórias (9 nocautes, 1 finalização e 3 por decisão) e 2 derrotas (1 nocaute e 1 por decisão). Antes de fazer sua estreia no MMA, Miocic já foi campeão do Golden Gloves e da 1ª divisão da NCAA Wrestling. Pelo MMA, foi campeão do NAAFS. Chegou ao UFC com cartel 6-0. Pela maior Organização de MMA do mundo, agora possui um cartel de 7-2, chegando ao total de 13-2. Como já dito, é especialista em wrestling e boxe. É um lutador com bom preparo físico e muito inteligente, que sempre tenta pôr em prática a estratégia correta.
Análise: As mãos são pesadas, e é nisso que Miocic tem que ficar esperto para não ser surpreendido pelo ‘pitbull’. O croata/americano tem um jogo que casa bem com o do bielorusso. Melhor preparo físico, melhor movimentação, além de ter a “arma” certa, wrestling, para poder evitar as poderosas mãos de Andrei. Cansar o oponente, quedar e trabalhar o ‘ground and pound’, esse é o “caminho das pedras” para a vitória de Stipe, vitória esta que pode lhe garantir uma oportunidade de ser o próximo a disputar o cinturão da categoria. Por falar em cinturão, caso seja Andrei que saia com a vitória, é certo de que ele receberá o ‘tittle shot’.
Opinião: Diante do que aqui fora apresentado, Stipe Miocic entra como favorito. Mas basta um descuido e Arlovski “abocanhará” essa oportunidade de ‘tittle shot’.

Dustin Poirier x Joseph Duffy

(Foto: Divulgação/ UFC)

(Foto: Divulgação/ UFC)

Dustin Poirier, 26 anos, excelente e agressivo ‘striker’, #12 dos pesos leves. Possui um cartel com 22 lutas, 18 vitórias (9 nocautes, 6 finalizações e 3 por decisão) e 4 derrotas (1 nocaute, 1 finalização e 2 por decisão). Quando ainda era um ‘contender’ dos pesos penas, o lutador recebeu 2 bônus do UFC, 1 de “Finalização da Noite” e 1 de “Luta da Noite”. Após perder para Conor McGregor, subiu – leia-se retornou – para os pesos leves, onde já lutou 2 vezes, venceu ambas por nocaute e ganhou 2 prêmios de “Performance da Noite”. Com Dustin Poirier, a probabilidade do combate ser transformado em guerra é sempre muito alto.
Joseph Duffy, 27 anos, muito bom finalizador. Possui um cartel com 15 lutas, 14 vitórias (4 nocautes, 9 finalizações e 1 por decisão) e 1 derrota (finalização). O lutador é talentosíssimo e seu cartel fala por si só, mas é mais conhecido pelo status de “último lutador a derrotar McGregor’. Duffy havia abandonado a carreira de lutador, mas com o sucesso estrondoso de um cara cujo qual ele já venceu – diga-se de passagem, finalizou em apenas 38 segundos de luta – decidiu retornar e ver até onde pode chegar. Chegou ao Ultimate recentemente, fez 2 lutas pelos pesos leves e venceu ambas no primeiro round, a última delas lhe rendeu inclusive um bônus de “Performance da Noite”.
Análise: Esse será um típico duelo entre ‘striker’ vs ‘grappler’. Apesar disso, o ‘striker’ Poirier também não é bobo no chão, da mesma forma em que o ‘grappler’ Duffy não é bobo em pé, contando com uma mão pesadíssima, nocauteadora. O duelo seria ‘main event’ no último UFC Dublin, em 2015, mas com uma lesão de Duffy, acabou sendo cancelada. Agora a luta vai acontecer, só que pulou de luta principal para ‘Fight Pass’. O que não muda o grau de importância. Com lutadores tão bons, o vencedor com certeza subirá muitos degraus na carreira, e nem falo em matéria de ranking do UFC.
Opinião: Poirier é um ‘striker’ agressivo e muito bom, a luta começa em pé e ele parece renovado depois da subida para a ‘lightweight’. No entanto, é bom lembrar que, diante de adversários de alto nível, o lutador costuma “amarelar”. Foi assim contra o “zumbi coreano”, contra Conor McGregor e contra Cub Swanson. Joseph Duffy terá o maior desafio de sua carreira, e vem cheio de fome de mostrar serviço de chegar o mais rápido possível até onde Conor conseguiu chegar, ao cinturão da Organização. Duelo equilibrado, Poirier é favorito, mas particularmente vou de Duffy.

UFC 195: Lawler x Condit

2 de janeiro, MGM Grand Garden Arena, Las Vegas, Nevada, EUA

CARD PRINCIPAL

Meio Médios: Robbie Lawler x Carlos Condit
Pesados: Andrei Arlovski x Stipe Miocic
Meio Médios: Lorenz Larkin x Albert Tumenov
Penas: Diego Brandão x Brian Ortega
Leves: Abel Trujillo x Tony Sims

CARD PRELIMINAR

Galos: Michael McDonald x Masanori Kanehara
Meio Médios: Kyle Noke x Alex Morono
Palhas Femininos: Justine Kish x Nina Ansaroff
Leves: Scott Holtzman x Drew Dober
Leves: Dustin Poirier x Joseph Duffy
Galos: Joe Soto x Michinori Tanaka
Meio Médios: Sheldon Westcott x Edgar Garcia

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Escrito por Kaio Teixeira Lima



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Pai, marido, neto, amante da família; filho de Deus; Graduando em Comunicação Social (Rádio e TV) na Universidade Federal do Maranhão; Editor chefe do Nocaute na Rede, sonha em seguir carreira na área esportiva; Redator nas seções de MMA nacional e internacional; Apaixonado por rádios, jornais, livros, podcasts, filmes, séries, comidas, esportes em geral (principalmente MMA, futebol e basquete); Praticante de MMA e muay thai;
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