As derrotas já viraram passado para Thales Leites no UFC. Depois de dois reveses para Michael Bisping e Gegard Mousasi, o brasileiro reencontrou o caminho das vitórias em seu melhor estilo. No último sábado, dia 6 de agosto, no UFC Fight Night 92, em Utah (EUA), o atleta da Nova União colocou em prática seu jogo e na sua especialidade, que é o solo, finalizou o americano Chris Camozzi com um mata-leão no terceiro round do combate. A vitória foi a sexta do niteroiense em oito lutas no retorno à maior organização de MMA do mundo, nos últimos três anos.
Agora, depois de vencer e subir para 11ª colocação no ranking dos médios (até 83,9kg) do Ultimate, Thales espera a luta da sua vida pela organização, já que para o brasileiro todas os próximos duelos são os mais importantes e sua confiança segue inabalável.
“A luta mais importante é sempre a próxima. Tinha total confiança que ia ganhar e o que podia fazer. Então meu próximo rival será a luta da minha vida”, comenta, e acrescenta que as derrotas não abalaram sua moral: “Minhas derrotas não tiraram meu foco. Não sou de abater. Estou preparado e pronto para evoluir mais. Sabia que o Camozzi era um cara duro e por isso treinei bastante. Vencer dá um novo fôlego.. Sempre respondi que não tinha pressão por causa das derrotas anteriores”, completa.
Sem revanche ou adversário especial
As derrotas para o detentor do cinturão dos médios, Michael Bisping, e para Gegard Mousasi não tiram o sono de Thales Leites. Diferentemente de muitos lutadores, o niteroiense não sonha com uma revanche em especial e acredita que o momento certo chegará. Para ele, a divisão dos médios é a mais disputada de todo o Ultimate.
“A divisão está muito embolada. Tem bastante gente dura. Os Top 10 qualquer um tem chance de ser campeão. Não tem ninguém em mente especial que queira enfrentar. Agora é aguardar o UFC, tirar uma semana de folga e ver quando vão me chamar. Se for uma revanche, seria legal, mas também não é algo que penso. Quero só lutar e contra os melhores” garante.
A vitória diante de Chris Camozzi, sua 26ª na carreira, serviu para mostrar a evolução de seu jogo. Para ele, o diferencial no confronto foi saber impor seu ritmo e conseguir apresentar tudo o que fez no camp que antecederam o combate.
“Evolução dessa luta foi muito boa. Fiz um jogo tático e técnico, estava preparado para tudo. A luta se encaminhou para o meu clinch, comecei a desenvolver e dominar mais. Fiz uma luta tática e estudada. Dominei ele completamente, fui frustrando o Camozzi. Ganhei dominando completamente, no terceiro teve uma pequena trocação e fui batendo até pegar o pescoço”, comenta, completando: “Busquei o jiu-jitsu e evitar me expor. Joguei o feijão-com-arroz certinho, com paciência, não dando espaço, esperando ele se abrir até chegar a finalização”, conclui.